Em todo o tempo e lugar, ao
longo da história da humanidade, temos assistido a repetição de táticas
promovidas por Estados colapsados por governos ineptos, que, em lugar de
buscarem a correção de rumos internos, optam por comprar brigas além de
fronteiras, acreditando que, com isto, não só desviarão a atenção da população
para as crises locais como conseguirão obter apoio de seus cidadãos para um
guerra despropositada.
Esse foi o caso da ditadura
argentina, que, para esconder o fracasso de décadas de regime autoritário,
comprou uma briga desnecessária com a Inglaterra pela posse das Ilhas Malvinas,
em 1982. A Argentina massacrada e o governo militar encerrou seu ciclo.
O mesmo se sucede agora com a
Venezuela, um país arrasado pelo socialismo do século XXI e governado por uma
ditadura ligada ao narcotráfico internacional. Maduro, como todo ditador
maluco, resolveu, com seus generais, todos eles listados por crimes diversos
pela Interpol, invadir Essequibo, na Guiana. Os motivos reais são os mesmos, ou
seja, desviar a atenção daquela parte da população que ainda não fugiu do país,
em razão do inferno interno criado por essa quadrilha no poder.
Caso essa invasão venha a
ocorrer de fato, o que já era ruim para os tiranos da Venezuela, pode render um
conflito generalizado naquela região, com repercussões sobre o Brasil e outros
vizinhos e até um apoio velado do Palácio do Planalto nessa questão, sendo que
o conflito possa atrair a atenção e intervenção dos Estados Unidos, pondo fim
ao governo autoritário de Maduro e de seus comparsas.
Lembrando ainda que, além de
armamentos comprados da Rússia, também a Venezuela é assessorada por militares
russos e cubanos, doidos por um conflito naquela parte da América. De certo
modo, a mesma tática de comprar briga além da fronteira ocorreu no caso
envolvendo o Hamas e Israel. A falência generalizada de Gaza, promovida única e
exclusivamente pelo controle exercido pelo Hamas contra a população palestina,
levou esse grupo a comprar mais uma briga com as forças de defesa de Israel,
não só para desviar a atenção interna da crise humanitária que impôs àquele
povo, como de quebra buscou obter apoio da população para esse conflito,
confiando também que a guerra ganharia em escala e envolveria muitos países
daquela região.
Não conseguiu, até agora,
envolver diretamente outros países no conflito, além de ter provocado a
destruição quase completa de toda a parte central de Gaza, com milhares de
mortos e prejuízos incontáveis. O conflito armado por esse grupo terrorista
contra Israel pode também, nesse caso, resultar no fim do controle do Hamas em
todo o território de Gaza. O que seria uma boa solução tanto para palestinos
como para judeus. O que poderia ser aprendido em todas essas histórias, daqui e
de além mar, é que o governo militar, e não argentinos, queriam guerra com a
Inglaterra, pois sabiam das consequências. O governo e não os venezuelanos
querem invadir Essequibo, pois já vivem no inferno e não querem mais sofrer. Do
mesmo modo, os terroristas do Hamas, e não os palestinos, queriam mais guerra
contra Israel, pois já conheciam os resultados que viriam.
Nenhum povo, de posse de sua
sanidade, deseja brigar com vizinhos, pois sabem que, nesses casos, onde a
briga é sempre arranjada por governos tirânicos, quem irá morrer no campo de
batalha é sempre o mesmo e pobre indivíduo que já sofria antes.
Leitura: Com uma leitura fluida, o Cordel
chega nas escolas de Taguatinga. Bonito ver a criançada consumindo a cultura
brasileira.