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Razão e fé

Razão e fé

Não se sabe ao certo porque as chamadas Unidades de Conservação (UC), espalhadas por todo o Brasil, sobretudo na parte norte do país, possuem essa denominação se o próprio governo, por meio de leis de cunho ambiental, permite que essas áreas possuam concessões para a exploração mineral e madeireira, notem, em escala industrial, tanto para a comercialização interna, como para o exterior.

São commodities originadas de recursos naturais finitos. O rastro deixado por essas atividades, formado, em sua maioria, por imensas clareiras e buracos na floresta, decretam o fim de um bioma riquíssimo, transformando, ao mesmo tempo, em potenciais áreas desérticas e irrecuperáveis. Somente o custo para minimizar os impactos ecológicos desses latifúndios de escombros supera, em centenas de vezes, os lucros obtidos com sua destruição.

O pior de tudo é observar que é o Estado o indutor desse tipo de política, dentro da conhecida engrenagem de estatização dos lucros e da repartição dos problemas para a população. É um modelo que se arrasta há décadas e que não trouxe, até hoje, benefícios duradouros e reais para as populações próximas a esses empreendimentos.

Se são áreas cuja denominação diz ser de Conservação, a pergunta que fica é que tipo de conservação é possível num sistema que deixa para trás um gigantesco processo de terra arrasada e que acaba resultando em mais miséria ainda.

O Estado, por sua natureza, não possui a capacidade de criar riquezas, obtém-na por meio de alienação de terras, que abrigam biomas só encontrados em nosso país. Não é de hoje que multinacionais dos mais variados cantos do planeta, até mesmo de países que alardeiam serem os paladinos na defesa do meio ambiente, estão explorando, sem dó ou piedade, grandes áreas no norte do país.

Os recursos obtidos com essa verdadeira razia ao nosso meio ambiente vão direto para os cofres do governo, deixando as populações que, na teoria, iriam ser beneficiadas com essa exploração, cada vez mais empobrecidas.

Comunidades ribeirinhas, tribos indígenas e pequenos núcleos urbanos nos arredores desses empreendimentos multimilionários continuam à mingua, entregues aos cuidados de ONGs, que se aproveitam, desse modelo perverso, para arrancar ainda mais recursos que deveriam atender, primordialmente, essas populações. Percorrer essas áreas, próximas às mineradoras ou próximo aos madeireiros, é presenciar a miséria e a carência absolutas, resultantes de um sistema que, longe dos olhos do mundo, explora e expropria as famílias locais, sem comiseração alguma.

Enquanto as mais modernas tecnologias, em forma de máquinas, extraem, em volume industrial, as riquezas dessas regiões, as populações locais sobrevivem com os mesmos manejos dos tempos coloniais, através de extrativismo, caça e pesca. Isso enquanto ainda restam áreas propícias à essas atividades primárias.

Países como a China, com populações numerosas na casa de bilhão, extraem o que podem dos recursos naturais dessas regiões do país, pois sabem da leniência do governo, da falta de fiscalização eficaz e do amor pelo dinheiro que sucessivos governos nutrem por dólares. Para uma situação que, por si própria, já é calamitosa, ainda temos que destacar que o atual governo, por sua confissão pública de que o patriotismo é tudo aquilo que ele historicamente aprendeu a combater, fica a apreensão de que a defesa dos valores e das riquezas nacionais, dentro do conjunto que conhecemos por pátria, estão em péssimas mãos.

Sem esse sentido de amor e de proteção pelo que é nosso, toda e qualquer política que fale em defesa do meio ambiente e das populações em seu entorno é falsa e desprovida de razão e fé.

A frase que foi pronunciada: “A terra não pertence a nós; nós pertencemos à Terra.” (Marlee Matlin)

                                                     

Outro lado Mesmo com todas as campanhas educacionais que favorecem o respeito ao ciclista, quem pedala não respeita o trânsito. Anda na contramão, não usa sinalizadores, rejeita a ciclovia. É hora de reavivar as campanhas de conscientização dos próprios ciclistas.

Educação e Saúde: (vídeo ~~~) Anos e anos de Covid, pandemia, pessoas privadas do ir e vir. Mesmo depois de toda essa experiência aterradora, as pessoas continuam a espirrar sem o mínimo de preocupação. Aparam os germes com as mãos e depois pegam em tudo ou espirram sem proteção alguma, dando uma chuveirada em quem estiver por perto. Atitude inimaginável em países desenvolvidos. Está na hora de uma campanha educativa do Ministério da Saúde e Ministério da Educação mostrando que espirrar na dobra do braço é o melhor para todos.


Circe Cunha e Mamfil – Coluna “Visto, lido e ouvido” -Ari Cunha- Fotos:  brasil.gov.br - Meagan Shuptar - mxbikes.com – Correio Braziliense


 

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