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dengue ainda tem um potencial de crescimento e o pico deve acontecer entre
abril e maio. A avaliação é de Jonas Brant, sanitarista, professor da UnB e
coordenador da sala de situação de saúde da universidade, durante o programa
CB.Saúde — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quinta-feira
(15/2). Às jornalistas Sibele Negromonte e Mila Ferreira ele conta que a vacina
contra a doença só fará efeito após a segunda dose.
Para
o sanitarista, as ações de combate à dengue foram atrasadas e deveriam ser
feitas logo após a observação do aumento de casos no ano passado. “Em outubro e
novembro, tivemos um crescimento exponencial no número de infectados. Um plano
não foi acionado. Precisamos aprender onde foram as falhas para que elas não
possam se repetir no futuro”, destaca.
O professor relata que o pico da doença causada
pelo Aedes aegypti ainda não chegou e só acontecerá em abril e maio.
“Historicamente o auge é nesses momentos. Imaginamos que ele vá ocorrer da
mesma maneira. As chuvas estão aumentando, mesmo com todo o esforço que o DF
faça e consiga ampliar de maneira efetiva o número de agentes no combate ao
mosquito, a tendência é que o volume das precipitações e a temperatura
facilitem a proliferação do vetor. Precisamos de um esforço muito grande e uma
escala de resposta muito maior do que o que estamos vivenciando para reduzir a
transmissão”, pontua. (Veja a entrevista na íntegra)