“Estamos todos contra a dengue, e todos significam
o GDF e mais especificamente agora a Educação, porque temos um grande
quantitativo de pessoas retornando às escolas na segunda-feira. Então é
importante que essa ação ocorra exatamente para combatermos a dengue e fazermos
um trabalho de base com os estudantes, porque eles têm capacidade de assimilar
e levar o conhecimento para casa”, afirma a secretária de Educação, Hélvia
Paranaguá.
Todas as escolas serão vistoriadas pelos agentes de
Vigilância Ambiental, bombeiros e militares do Exército. O objetivo é evitar
possíveis focos do mosquito Aedes
aegypti dentro do ambiente
escolar. Até esta quinta-feira (15), 90 unidades já haviam sido visitadas em
Ceilândia e São Sebastião. O serviço de inspeção segue até o final de março.
“Queremos que nenhuma escola tenha criadouro do
mosquito, porque é o local onde os alunos passam a maior parte do tempo deles.
Nós não vamos permitir isso. Também queremos que esses estudantes possam ir
para casa e ter esse olhar de observar onde um ovo pode eclodir para evitar”,
destaca a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
O fumacê para aplicação do inseticida ultrabaixo
volume (UBV) nas escolas também está mobilizado para que seja utilizado no
período noturno. As duas pastas ainda atuam em conjunto com o governo federal
para que a imunização dos jovens contra a dengue – atualmente estão sendo
vacinadas as crianças de 10 e 11 anos – possa se estender para as escolas, a
exemplo do que ocorreu durante a pandemia de covid-19.
“Nós precisamos aumentar a nossa cobertura, o que
só vai acontecer se estivermos em sintonia. A dengue é uma doença infecciosa
transversal”, completa a secretária de Saúde. (Vídeo ~~~)
Neste semestre, o tema da dengue vai permear o
conteúdo pedagógico. A Secretaria de Educação, sob supervisão da Saúde,
preparou um material voltado para os professores que está disponível no site da
pasta. Entre os conteúdos, estão a lista de checagem para a realização de
vistorias semanais com os alunos na escola e nos arredores. um boletim
informativo que traz informações sobre o ciclo da doença e sugestões de
atividades lúdicas sobre o tema.
“Cada professor vai ter a possibilidade de
trabalhar o conteúdo por meio do material que já temos no nosso site, que foi
construído ouvindo a Saúde e a Vigilância Ambiental, mas eles também poderão
construir seus próprios programas para que o aluno abrace essa causa”, detalha
a secretária de Educação.
No Centro de Ensino Fundamental CEF 03 de Brasília,
a temática tem rondado a preparação para o retorno às aulas. Segundo a diretora
Belmaria Teles, a escola passou por uma limpeza geral, e os professores e a
direção se prepararam para abordar o tema dentro de sala de aula. “Estamos
trabalhando muito para deixar o ambiente escolar favorável e também na
conscientização do aluno, principalmente para que ele possa reproduzir isso na
sua família, na sua casa, junto aos professores e em toda a comunidade escolar”,
diz.
A professora de ciências do CEF 03 de Brasília, Ana
Carolina Seixas, tem a ideia de levar o combate à dengue para a feira de
ciências deste ano. “A minha disciplina trabalha diretamente com essas questões
de saneamento às quais a dengue está relacionada. Busco trabalhar isso com os
alunos em sala de aula de maneira interdisciplinar ou transdisciplinar. Junto
ao conteúdo fix,o vamos incorporando as questões do dia a dia”, conta.