Todo
mundo preocupado com um rompimento de relações entre Israel e o Brasil. Porque
o presidente Lula defende o Hamas e os palestinos, é contra Israel e chamou
Israel de genocida, comparou Israel com a Alemanha de Hitler e o Holocausto.
Benjamin
Netanyahu, que é o líder de Israel, disse que ele “passou a linha vermelha”,
foi além, que são palavras vergonhosas e graves. "Banalizou o holocausto e
o direito de Israel de se defender”. Irônico, porque quem propiciou a criação
de Israel foi um brasileiro, Oswaldo Aranha, presidindo a Assembleia da ONU. Há
esse laço.
O
presidente Lula disse isso na Etiópia. Antes de ir, ele plantou uma oliveira na
embaixada da Palestina no Brasil, na representação da Palestina, e depois
perguntou para o embaixador “quando a oliveira vai dar uva”. O embaixador falou
em oito anos, eu diria infinito.
Ele
e a primeira-dama Janja, foram recebidos no aeroporto do Cairo pelo ministro do
turismo. Ele passou o dia todo fazendo turismo. No outro dia, teve um encontro
rápido com o general Sissi, que estava mais preocupado em receber Erdogan,
presidente da Turquia. Depois, ele foi lá para reunião dos países árabes, em
Addis Abeba.
Lula
defende Putin, Cuba, Nicarágua e ataca Israel: Lula também defendeu Putin,
porque apareceu morto esse opositor na prisão, com hematomas, e estava todo
mundo culpando o regime de Putin e Lula fez uma declaração dizendo, "por
que essa pressa em acusar alguém? Depois descobrem que não foi e vão ter que
pedir desculpas". Ele é um grande defensor de Cuba também.
Tem
cubano lutando do lado do Putin. O Wall Street Journal, desse fim de semana,
diz que são de 400 a 3 mil cubanos, porque eles estão ganhando US$ 2 mil por
mês, em Cuba eles ganham US$ 20 por mês. A mãe de um deles que morreu, foi
morto por um drone ucraniano, a mãe do Raibel Palacio, disse que os cubanos vão
todos para a morte. E não são só cubanos, cubanos são o maior contingente de
mercenários. É gente da República Centro-Africana, da Sérbia, do Nepal e da
Síria, porque eles recebem cidadania.
Os
Estados Unidos estão com 500 mil cubanos que fugiram dessa maravilha de
democracia relativa, que Lula elogia, elogia Maduro também. Maduro agora
expulsou, o pessoal está saindo de lá, os observadores do alto secretariado de
direitos humanos, que é presidido pela Michele Bachelet, ex-presidente do
Chile. Está mandando embora, porque acha que estão se metendo só porque está
prendendo os opositores e os candidatos à presidência, tal como o Ortega da
Nicarágua.
Psol
quer revogar Lei da Anistia de 1979: Lei de anistia. Coisa estranha, o
ministro Toffoli, que é um juiz do Supremo, é relator de um pedido de 2014 do
PSOL para o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar que é inaplicável a Lei de
Anistia. Ele quer criar um debate sobre a lei de anistia de 1979.
Eu
acompanhei isso no Palácio do Planalto. Lembro que o ministro Golbery Silva
certa vez me disse rindo “o MDB não quer uma anistia ampla, geral e restrita,
porque eles têm medo que o Brizola seja anistiado, entre no país e acabe com a
oposição”. Ele ria, pois, o Brizola seria anistiado. Chegou aqui, a Ivete
Vargas tinha tirado o PTB dele. Ele criou o PDT.
Em
2010, houve uma ação que foi julgada no Supremo a Lei de Anistia. A OAB queria
revogar a lei. A OAB que fez o maior movimento em prol da anistia. Toffoli se
declarou impedido em 2010. O presidente do Supremo, o ministro Cezar Peluso,
passou um “pito” na OAB, dizendo que "era uma consciência tardia e
anacrônica".
A
ministra Carmen Lúcia deixou uma frase muito importante, não há como julgar o
passado aos olhos de hoje. Anistia de 1979, era para pacificar o país. Votaram
contra esse pedido da OAB, mantendo a Lei da Anistia: Cármen Lúcia, Peluso,
Gilmar Mendes, Ellen Grace, Marco Aurélio, Celso de Mello e votaram contra
Lewandowski e Ayres Brito. A Lei da Anistia está fazendo 45 anos. Lá fazia 30
anos.
Olha
só o absurdo, porque vai prejudicar exatamente aqueles que eram os
guerrilheiros, terroristas, sequestradores, assaltantes de bancos, que eram
jovens e que hoje estão com 80 anos no máximo. Se é para pegar o pessoal da
chamada repressão, eles já estão com 90, 95 anos, se é que estão vivos. Parece
que é para mexer numa brasa pra ver se vem fogo de novo. O ministro Toffoli
parece que tá entrando nessa. É um pedido do PSOL, lá de 2014, que apareceu
agora.