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O que a Abin não pode e o TSE pretende fazer: bisbilhotar as redes sociais

O que a Abin não pode e o TSE pretende fazer: bisbilhotar as redes sociais

Como vocês estão vendo, a Abin, Agência Brasileira de Inteligência, não pode ficar bisbilhotando a vida das pessoas. Mas o Tribunal Superior Eleitoral pode? Porque está sendo anunciado que vão monitorar para saber quem está mentindo nas redes sociais. Acho que isso invade o artigo 5º da Constituição, cláusula pétrea sobre garantias fundamentais, sobre vida privada, intimidade, liberdade de expressão, inviolabilidade das comunicações. É muito estranho isso. Acho que o livro 1984, do George Orwell, está superado aqui no Brasil. George Orwell não imaginaria que chegasse a esse ponto. E quanto a outras questões judiciais aqui no Brasil também está se vendo que o processo do Franz Kafka também está superado. Está no chinelo, está pouco.


Educação: Outro assunto que diz respeito a todos vocês que são pais, que têm filhos estudando. Terminou o tal Conae, a Conferência Nacional de Educação, que está preparando o Plano Nacional de Educação, que vai valer por 10 anos. O que aconteceu nessa reunião de três dias que foi encerrado por Lula, e até o discurso de Lula reflete bem o que é: é anti tudo. Tudo que é sensato é anti. Bom, é anti Bolsonaro, é anti escola em casa, o homeschooling. É anti escolas cívico-militares.


Seria mais ou menos como uma convenção do PSOL, com Che Guevara, com Marx, com Paulo Freire dominando. A minha colega Ana Paula Henkel leu todas as 282 páginas e fez uma espécie de avaliação. Vejam só: matemática e literatura são palavras que aparecem só quatro vezes. Quilombolas aparecem 134 vezes. Deve ser um tema muito importante para as escolas. Desigualdade, 119 vezes. Diversidade, seja lá o que for isso, 124 vezes. LGBT e outras letras, 46 vezes. Bom, isso tem que passar pelo Congresso. E aí é com você, que é o mandante do seu mandatário que está lá, do seu senador e do seu deputado federal. Portanto, a decisão também está com você.


Antissemitismo na Bahia: Vocês viram lá no Arraial d'Ajuda, na Bahia, a chilena que entrou numa loja de uma judia e começou a quebrar tudo, chamando-a de sionista, assassina de crianças, maldita? Ela teve que prestar depoimento na delegacia, houve queixa da pessoa que foi agredida. E eu fico pensando: "Puxa, meu amigo José Genoíno andou pregando aí um boicote às lojas de judeus".


Eu não sei se vocês sabem, basta estudar a História do nazismo e saber que isso começou na Alemanha. A primeira coisa do regime hitlerista foi pregar o boicote às lojas de judeus na Alemanha. Depois eles quebraram as lojas, na Noite dos Cristais. Quebraram tudo, picharam, escreveram: "Vão embora, vão morrer. Essas coisas". Então, Arraial d'Ajuda, Bahia.


Milei aprovado: Eu queria comentar também que Milei está com tudo: 58% de aprovação e foi aprovado lá um megaprojeto dele, 144 votos a 109. Ou seja, uma parte da oposição votou a favor dele pela aprovação. Tem 300 artigos. Tem lá reforma tributária, autonomia do Banco Central, privatização, desregulamentação. Olha, desregulamenta: 380 mil regulamentos, demissão de 5 mil funcionários públicos, eliminação de 12 dos 21 cargos da presidência, ministério de 18 para 9, um ano sem propaganda de governo, congelamento de licitações, linguagem neutra fora do governo, aprovação de homeschooling, fim do monopólio de petróleo, são coisas aí que algumas já foram, outras virão.


É a vitória, enfim, sobre um sistema que não deu certo na União Soviética. Por 70 anos não deu certo, nem nos países europeus que estavam sob o julgo comunista da União Soviética. Por que que daria certo aqui na América Latina? Eles acham que daria. Como lá não deu certo, vamos lá, esse povo é muito ingênuo, não pensa, é passivo, talvez cole.


Alexandre Garcia - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.




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