Com exceção dos índios, desde o
ano de 1500, nenhum outro ser humano ou estrangeiro que tenha aportado no
Brasil veio com a intenção de ajudar os autóctones ou tão pouco somar esforços
para o desenvolvimento do país.
Essa observação — que, à
primeira vista, pode até parecer um tanto radical — diz muito respeito a nossa
história e às notícias que passaram a correr mundo afora, descrevendo essas
terras perdidas e sem lei entre os tristes trópicos do continente sul-americano.
Não se trata de nenhuma
manifestação de ordem xenófoba. O fato é que nenhum historiador é capaz de
admitir que os silvícolas que aqui viviam há milhares de anos foram
beneficiados, com o que quer que seja, com a chegada do homem branco. Os
africanos, carreados a essas bandas, durante o período em que vigorou o regime
escravista, ficam fora dessa visão porque vieram para cá forçados e trazidos
atados a correntes.
Obviamente que muitos desses
povos diversos que vieram ao longo dos séculos formar o que é hoje uma das
nações mais miscigenadas do planeta, por força de um destino ímpar, foram sendo
amalgamados à terra e a outras culturas aqui presentes, criando raízes e
desenvolvendo gosto e apego aos costumes e às novas gentes que iam sendo
formadas. Esses foram os povos que ficaram retidos nessas paragens e que, por
razões diversas, acabaram ajudando na formação do país.
Para a metrópole portuguesa, o
Brasil era uma típica colônia de exploração, inserida no processo mercantil de
lucro em mão única. Com os portugueses, vieram os franceses, espanhóis,
holandeses e outros povos europeus, ávidos em busca de riquezas de todo o tipo.
Cada um fazia o que podia para morder seu pedaço nesse quinhão. Nem mesmo o
passar dos séculos, com a formação da nacionalidade brasileira e de governo
próprio e soberano, foi capaz de dissuadir os estrangeiros do interesse
cobiçoso que exalava sobre nossas terras.
Ainda hoje, povos de várias
origens vêm para essa terra em busca de tesouros, numa busca insana por lucros
fabulosos que nem mesmo o tempo foi capaz de aplacar. Espanta que, passados
tantos séculos, depois de tantas razias, o país apresente ainda tesouros
guardados a serem dilapidados e explorados à luz do dia e negociados a preços
vis.
Fosse o país um deserto arenoso
ou mesmo uma caatinga imensa, ninguém para essa parte do mundo ousaria vir. Não
é por outro motivo também que povos do outro lado do mundo parecem ter
descoberto o Brasil agora e investem com fúria nessa nova colônia.
Essas observações, frutos de um
coração patriota e sincero, vêm em razão da recente visita do presidente
francês ao Brasil. Sintomaticamente, a primeira escala desse político foi feita
em terras da Amazônia, a nova fronteira e mina fabulosa, descoberta, agora,
pelo nosso atual governo e que pode, por suas prendas, “amolecer” o coração do
chefe gaulês.
Essa coluna, como observadora
mordaz dos fatos e longe dos salamaleques diplomáticos, logo passou a notar que
os animais e as plantas que o presidente francês diz querer preservar para a
posteridade estão, hoje, na forma de minerais, como o níquel, cromo, titânio,
ouro, platina, paládio, nióbio, entre outros.
Elas: Nesse dia, o senador
Kajuru virou alvo dos colegas. Explicando o atraso, porque substituiu a
senadora Leila que seria homenageada, declarou uma poesia aos ouvintes da
comissão. Quem não perdeu a chance foi o senador Esperidião Amin. “Ele só
conseguiu decorar isso tudo porque casou 11 vezes. Para isso, precisa de
memória. Ainda mais com 11 sogras!”