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O Rio Grande do Sul precisa de ajuda e não de teatro e politicagem

O Rio Grande do Sul precisa de ajuda e não de teatro e politicagem

O Rio Grande do Sul lamentavelmente enfrenta uma tragédia climática que já afetou mais de 1,4 milhão de pessoas, além de deixar milhares de desabrigados, centenas de feridos e 107 mortes até então. As atenções, sem dúvida, precisam estar voltadas para o estado. Com a previsão de mais chuvas para essa semana, o que os gaúchos realmente precisam é de toda e qualquer ajuda e não teatro e politicagem.

Diante de números tão alarmantes, como parlamentar, e principalmente como ser humano, é impossível ficar alheio à situação. Por isso, além de usar o alcance das minhas redes sociais para engajar as doações e informações importantes, tenho buscado ao máximo conseguir toda a assistência possível para auxiliar a população afetada pelas enchentes.

Por meio do mandato estamos realizando diversas ações. Na Comissão de Educação, propus a destinação de R$ 180 milhões em emendas do colegiado para a reestruturar a educação no Rio Grande do Sul, tendo em vista que segundo o boletim da Defesa Civil divulgado nos últimos dias, foram 790 escolas afetadas e outras 388 danificadas, prejudicando 273.155 mil estudantes em 216 municípios. Além disso, há 52 escolas servindo de abrigo.

Aprovamos também meu requerimento para a criação de um grupo de trabalho e uma subcomissão para acompanhar de perto toda a reconstrução do sistema educacional no estado e um projeto de lei que trata da autorização da distribuição de alimentos direta aos pais e responsáveis dos estudantes das escolas públicas em casos de suspensão de aulas em razão de urgências e calamidades públicas. Ademais, apresentei junto a outros deputados um projeto de lei que destina recursos do fundo eleitoral ao Rio Grande do Sul, e um ofício ao presidente da diretoria executiva dos Correios para que fosse oferecida gratuidade no envio de doações para o sul do país.

Com a previsão de mais chuvas para essa semana, o que os gaúchos realmente precisam é de toda e qualquer ajuda e não teatro e politicagem

Com relação a alguns indivíduos que parecem não merecer viver em sociedade e estão se aproveitando de um momento de desespero extremo para cometerem crimes, protocolei outro projeto de lei que aumenta a pena de furtos e roubos realizados nestes momentos de vulnerabilidade, além de torná-los crimes hediondos, para que não haja fiança e que a pena seja cumprida desde o início em regime fechado.

Enquanto cidadãos, além da colaboração financeira, conseguimos arrecadar 12 toneladas de água potável em parceria com a Minasbev que serão destinadas para 7 locais onde mapeamos maior urgência. Sobre as diversas e lamentáveis denúncias de abusos infantis nos abrigos, comuniquei às autoridades competentes e conversei com o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que me assegurou que os policiais militares paulistas que foram reforçar a segurança no local trabalharão para combater tais atrocidades.

Seguiremos divulgando inúmeros pontos de apoio para coleta de doações além de buscar ajuda em situações pertinentes como o vídeo que recebi de brasileiros que arrecadaram quase 50 toneladas entre alimentos e roupas em Portugal e pediram a minha ajuda para intermediar o envio até o Brasil e que felizmente está dando certo.

É importante destacar que isso é o mínimo diante do que está acontecendo na região. Independente de ideologias, toda forma de colaboração é bem-vinda, e obviamente não estou levando posicionamento político em consideração para realizar qualquer ato, muito pelo contrário, reitero aqui os meus elogios a todos que estão prestando algum tipo de amparo aos atingidos, independente de suas escolhas políticas.

É lamentável ver que até um momento tão difícil no país o governo Lula parece estar mais preocupado em politizar uma catástrofe do que fornecer auxílio. O tempo certo para chegar dinheiro se iniciou desde que se tornou necessário e não deve existir prioridades para determinados grupos no momento de receber alimentos e muito menos se deve utilizar um desastre para palanque de votos como proposto e feito pela ministra Anielle Franco.

Enquanto vários civis, agentes de segurança, artistas, influenciadores, empresários e vários outros colaboram da forma que podem, a esquerda se comporta como se tivesse o monopólio da verdade. Eles externam seu desejo de censurar e criminalizar opositores por supostas divulgações de fake news, mas passam vergonha como os verdadeiros propagadores de notícias falsas, desde a dispensa de ajuda a um suposto PIX de R$ 10 milhões da Madonna realizado com tanto sigilo que até agora ninguém achou. Será que o ministro Paulo Pimenta mostrará coerência e acionará a PF e a AGU contra seus aliados, o governo e o ministério do qual participa? Aguardarei ansiosamente.

Outro fato cômico é que, de repente, também consegui fazer a esquerda voltar a se preocupar com viagens. Eles acham que conseguem cancelar aqueles que odeiam com base na viagem mais recente, mesmo que seja a trabalho, enquanto ficaram calados, por exemplo, diante da presença do ministro de Minas e Energia em Roma, enquanto 300 mil estavam sem luz nas cidades gaúchas. O mesmo ocorre sobre o fato de deputados que gastaram quase R$ 100 mil da Câmara em uma viagem para a Cuba no 1º de maio e os parlamentares que foram à China e postaram os registros no X, que é banido por lá. Para finalizar, o eterno tour de lua de mel que esbanja gastos, e ainda nos “presenteia” com aquele famoso sigilo que prometeram que não existiria. Piada pronta.

Que o centro das atenções não seja troca de foto de perfil em meio ao caos, falas sobre torcida para clubes de futebol quando seus respectivos estádios estão tomados pela água, escolhas (aos risos) de nomes para planos de reconstrução, urnas submersas ou populismo banal com relação aos animais, que obviamente não só podem como devem ser salvos, mas não utilizados como figurantes de uma peça teatral eleitoral, como está comum hoje em dia. Todo o meu apoio e as minhas orações ao Rio Grande do Sul neste momento aflitivo. Estamos com vocês.

Nikolas Ferreira – Foto: EFE – Gazeta do Povo




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