O mês de agosto é dedicado à conscientização sobre o
enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher. A campanha
Agosto Lilás foi criada para intensificar a divulgação da Lei Maria da Penha e
garantir mecanismos específicos de combate à violência, além de promover
serviços especializados para atendimento às vítimas e os meios de denúncia
disponíveis.
Durante este mês, a Secretaria da Mulher (SMDF), em
parceria com as demais secretarias do Governo do Distrito Federal e entidades
privadas, realiza uma série de ações para combater a violência contra a mulher
em todo o DF. O extenso calendário da campanha inclui o lançamento da
campanha Mulher, Não se Cale, a iluminação dos principais prédios da
cidade, a inauguração de dois novos comitês de Proteção à Mulher, além de
eventos esportivos e educacionais.
Para a secretária da Mulher, Giselle Ferreira, a luta
pela liberdade das mulheres para viverem sem violência é contínua e requer a
participação de todos. “Somente por meio de um esforço coletivo e constante
poderemos criar um mundo onde todas as mulheres possam viver com dignidade,
respeito e segurança, livres de medo e opressão. A sociedade tem o dever de
agir de forma solidária e ativa, denunciando casos de violência e apoiando as
vítimas em seu caminho para a recuperação”, destaca.
Atendimentos na rede: No primeiro semestre de
2024, a Secretaria da Mulher do DF realizou 17.680 atendimentos voltados ao
enfrentamento da violência. Este período foi marcado por ações significativas
para garantir o acolhimento de mulheres em situação de vulnerabilidade, vítimas
de violência e órfãos do feminicídio.
Os espaços Acolher, um serviço que recebe mulheres e
homens de forma espontânea ou encaminhados pelo Poder Judiciário, aumentaram
para nove unidades com a inauguração do espaço em Ceilândia, em abril. No
primeiro semestre, foram feitos 4.971 atendimentos, realizados por uma equipe
técnica composta por assistentes sociais, psicólogos e pedagogos.
A Casa da Mulher Brasileira (CMB), que oferece
assistência 24 horas por dia e alojamento temporário para mulheres e seus
dependentes, registrou 6.677 atendimentos de janeiro a junho. Além disso, a
implementação do Sistema Iris na Casa Abrigo aprimorou significativamente a
gestão e o atendimento, totalizando 3.955 atendimentos para 702 mulheres e
dependentes.
Maíra Castro, subsecretária de Enfrentamento à
Violência, destacou a importância do trabalho conjunto para alcançar esses
resultados: “Nosso trabalho tem sido realizado por várias mãos para alcançar
cada vez mais mulheres e reduzir significativamente os índices de violência
contra a mulher”, afirmou.
Atualmente, as três unidades em funcionamento dos
Centros Especializados de Atendimento à Mulher (Ceams) no DF — 102 Sul,
Planaltina e Plano Piloto — mantêm as portas abertas para as mulheres. Com
2.077 assistências nos primeiros seis meses do ano, o acesso ao atendimento não
requer encaminhamento e as mulheres recebem atenção e suporte de uma equipe
especializada em acolhimento e acompanhamento interdisciplinar para situações
de violência de gênero.