Uma pesquisa, encomendada pelo
PL, mostra que o bolsonarismo continua a ser uma força considerável na capital
do país. O Instituto Paraná fez entrevistas pessoais entre 29 de junho e 2 de
julho e constatou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) derrotaria o
presidente Lula entre os eleitores do Distrito Federal, se a eleição fosse
hoje. A mulher de Jair Bolsonaro teria 30,1% dos votos, enquanto o petista
ficaria com 27,8%. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) alcançaria
11,8%; Ciro Gomes (PDT) ficaria com 8,5%; o governador do Rio Grande do Sul,
Eduardo Leite (PSDB), com 3,5%; e o do Pará, Helder Barbalho (MDB), com 0,7%.
Ou seja, a polarização permanece com a liderança do grupo bolsonarista. Se o
próprio Bolsonaro, que estava inelegível por oito anos, concorresse, a vitória
seria com margem maior: 39,9% contra 27,1% para Lula. Foram ouvidos 1.360
eleitores. O levantamento teve grau de confiança de 95% para uma margem
estimada de erro em, aproximadamente, 2,7 pontos percentuais.
Tarcísio também é adversário
forte: Se o candidato do grupo bolsonarista à Presidência fosse o
governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o resultado seria
outro no DF. Lula teria 28,5% dos votos e o ex-ministro de Bolsonaro alcançaria
23,1%, segundo a pesquisa do Instituto Paraná. Mas, não se pode desprezar esse
desempenho a dois anos do início da campanha.