test banner

Europa em eterna crise

Europa em eterna crise

No Reino Unido, os trabalhistas derrotaram os "conservadores" na disputa pelo Parlamento, em boa parte pela postura dos próprios "conservadores". Uso aspas pois o recado das urnas foi justamente este: o eleitor não vai passar pano para tucano disfarçado de conservador.

As últimas lideranças do Partido Conservador cederam em vários aspectos nas pautas "progressistas" e, durante a pandemia, mostraram-se indistinguíveis dos esquerdistas autoritários. Pela traição aos valores realmente conservadores, essas lideranças foram punidas e os trabalhistas levaram a melhor.

O enredo é conhecido. Globalistas tucanos, com medo da "extrema direita", unem-se aos comunistas e muçulmanos fanáticos. Resultado: Paris "caiu" e a submissão vem aí

Já na França foi a união entre tucanos e petistas que impediu a vitória da direita nacionalista. No primeiro turno parecia que o time Le Pen levaria a melhor, mas o tucano Macron se uniu ao petista Mélencheon para barrar a guinada à direita. Conseguiu, e arrumou um problemão para o governo.

"Todos os cenários indicam um governo enfraquecido que terá dificuldade em aprovar qualquer lei e poderão acelerar o fim do macronismo", diz O Globo. Mélenchon "representa uma esquerda mais radical que assusta boa parte do centro e da centro-direita. Agora fica em uma posição muito confortável, com muito poder diante dos resultados, mas é um personagem que causa preocupação é e traz desafios", disse Paulo Velasco, professor de Relações Internacionais na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

O enredo é conhecido. Globalistas tucanos, com medo da "extrema direita", unem-se aos comunistas e muçulmanos fanáticos. Resultado: Paris "caiu" e a submissão vem aí. As minorias serão as mais prejudicadas. Tudo em nome da "democracia" e da "diversidade". É o resultado inevitável quando o sistema todo aposta insistentemente numa narrativa de ameaça fantasma pela "extrema direita": a esquerda realmente extremista avança.

O tumulto e os confrontos com a polícia demonstram bem isso. Os radicais promovem vandalismo quando perdem e quando ganham. Querem o caos. Querem desafiar cada vez mais o sistema. Não vão descansar enquanto a bandeira francesa não for substituída pela da Palestina, ou quando os valores iluministas não forem trocados pela sharia islâmica.

Essa nefasta aliança entre comunistas e xiitas, pelo ódio comum ao legado ocidental, é a grande ameaça concreta às democracias, mas isso acaba mascarado pelo discurso histérico do sistema contra a tal "extrema direita". A crise europeia segue a todo vapor. Na economia, o modelo de Welfare State custa caro e produz um mecanismo perverso de incentivos. E a imigração descontrolada ameaça o tecido social e alimenta a retórica nacionalista. O caldeirão vai sendo aquecido. Um dia o caldo entorna para valer...


Rodrigo Constantino – Foto: Andre Pain/EFE – Gazeta do Povo




Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem