A
reforma tributária foi aprovada a toque de caixa na Câmara: muita gente votou
sem saber no que estava votando. Está no Senado agora. Queriam que já
resolvesse tudo antes das férias legislativas, mas o Senado não topou essa
pressa e faz muito bem esperar. Porque afinal o Senado tem a responsabilidade
de ser a Câmara revisora.
Ao
que consta para os entendidos em assuntos tributários, é um caos. A pretexto de
evitar a guerra fiscal, por exemplo, está se tirando a autonomia de municípios
e estados, ou seja, está se acabando com a Federação. Vira república unitária
na parte fiscal, na parte tributária, fica a União com todo o poder de
distribuir o dinheiro.
É
prefeito de bandeja na mão, governador de bandeja na mão. Se está dependendo de
finanças, depende também politicamente. E aí corta a ideia de ser uma República
Federativa e machuca feio, fere gravemente, a democracia.
Risco
de ter o maior imposto agregado do planeta: Além disso, a pretexto de
diminuir o número de impostos, é para facilitar a cobrança dos impostos. O
eufemismo diz o seguinte: aí fica mais fácil de pagar e fica mais fácil de
cobrar mais. Mais carga fiscal. É isso que vai acontecer.
Mudam
os nomes, estão trocando cinco por três, só que na verdade é seis por meia
dúzia. E talvez pior. Talvez não, certamente vai piorar a carga fiscal. Já está
se anunciando que do jeito que está, o valor agregado do imposto vai ser o mais
alto do planeta Terra, ultrapassando a Hungria, que é a campeã com 27%.
Então
é um engodo e é preciso que vocês alertem os seus senadores que estão a serviço
dos estados brasileiros. Cada estado tem três senadores representando. Então,
quais são os interesses dos estados e dos municípios?
Atentando
contra Trump: como no Brasil, vítima é acusada; Eu queria mencionar de
novo o caso Trump, que mencionei no meu canal no YouTube, porque há uma
lembrança feita pelo ex-procurador-geral dos Estados Unidos, que foi endossada
pelo Wall Street Journal. Que diz o seguinte: os democratas têm que parar com
essa conversa grosseiramente irresponsável sobre Trump ser uma ameaça
existencial à democracia. Ele não é.
É
a mesma coisa que no Brasil. Terrível coincidência. É Adélio Bispo aqui com uma
faca e lá o Thomas Crooks com um Fuzil AR15. E a coincidência é acusar a vítima
do atentado de ser contra a democracia, de ser um perigo para a democracia, de
ser fascista, de ser isso, de ser aquilo.
Acusam
lá Trump e acusam aqui Bolsonaro. É a mesma coisa. E aí está valendo para cá
também o que diz o jornal e o ex-procurador-geral dos Estados Unidos. Parar com
essa conversa grosseiramente irresponsável, dizendo que a pessoa é uma ameaça
existencial à democracia e não é. É exatamente o contrário.
Como
o serviço secreto não viu homem no telhado? O jornal chega a elogiar a
reação de Trump depois do tiro que só não pegou nele porque ele virou a cabeça.
Um calibre 5.52, que é igual ao 22 de um Fuzil AR15, que acabou matando um
bombeiro que estava atrás, que estava protegendo as duas filhas. Um bombeiro de
50 anos. Feriu gravemente outra pessoa, antes que o atirador de 20 anos fosse
abatido pelo serviço secreto. Mas conseguiu rastejar em cima de um telhado com
uma visão do palanque livre na frente dele. Como é que o serviço secreto não
viu isso?
Hoje
em dia é fácil por satélite e mais ainda por drone perceber quais são as
visadas de um alvo potencial, de onde se pode atirar diretamente num alvo
potencial. O serviço secreto não viu isso. A gente ouviu vários tiros e os
tiros finais já eram do serviço secreto, parecia que já sabiam onde o sujeito
estava. Tudo muito, muito estranho.
Para
encerrar, queria mencionar que nós tivemos aqui também algo que pode ter sido
um atentado político. Esse ex-deputado Márcio Camargo, lá de Cotia, que recebeu
dez tiros de um assaltante. Um assaltante não dá dez tiros no dono da casa. O
assaltante dá um tiro ou dois nos cachorros e foge. Dois assaltantes no quintal
da casa esperando que ele abrisse a porta. Muito estranho, ele é coordenador da
campanha de Pablo Marçal. Vamos ver a que ponto chega a investigação. Ele
recebeu um tiro na perna e precisou de cirurgia.