Os palhaços no salão mandam em tudo. Estavam
aparentemente se desentendendo entre eles, o que seria normal, saudável. Eles
deveriam se vigiar, fiscalizar uns aos outros, no sistema de freios e
contrapesos, conforme as leis ainda vigentes. Está muito bem estabelecido o que
cada um poderia e deveria fazer, mas virou um pastelão, uma bagunça. Um grupo
resolveu assumir o papel de todo-poderoso, e danem-se os poderes dos outros
palhaços, que cedem, abraçam a marmelada e aceitam um “acordão” que aprofunda
ainda mais o precipício em que o país é atirado.
Os palhaços no salão querem poder e dinheiro, e sua
conversinha sempre gira em torno disso. Há avisos, pressão, chantagem, ameaças
mal-intencionadas e recuos calculados. Constrangimento não há. Ficam encenando
uma briga, como se houvesse alguém ali realmente comprometido com o bem, como
se todos estivessem preocupados de verdade com os brasileiros. Não é assim. Na
“sala de injustiça”, os palhaços são egoístas, oportunistas e interesseiros.
Tudo o que importa são eles.
Os palhaços da política fazem politicagem. E os
palhaços que não deveriam fazer política (nem politicagem, claro) estão até o
pescoço nisso
Quanta harmonia entre os palhaços de todos os poderes,
quanta harmonia para “negociar”, se atirar em negociatas... A união dos
palhaços na “sala de injustiça” só pode provocar engulhos e esgares em quem é
sério. O espetáculo canastrão só conquista quem o merece, quem está em sintonia
com tudo o que não presta. A trama é de vale tudo, e o resto que se exploda.
Eles se divertem e condenam milhões à aceitação disso, ao silêncio. Oponha-se,
e a palhaçada se expande.
Os palhaços da política fazem politicagem. E os
palhaços que não deveriam fazer política (nem politicagem, claro) estão até o
pescoço nisso. E vem um papinho de “aproximação com a sociedade”, quando o
inescapável deveria ser abraçar as leis, com todas as forças. Os dois grupos
têm desejos insanos, descabidos, e há palhaços que acham isso normal... Na
“sala de injustiça” e fora dela. Quanto escárnio nos sorrisos misturados, nas
piadinhas, nas risadinhas, nos falsos elogios trocados, nos tapinhas nas costas.
Parece mesmo que há sempre um acordo entre eles, para que a desgraça prevaleça.
Os palhaços na “sala de injustiça” têm ao lado muitos
palhaços da mídia, uma “comitiva de influenciadores”, os astros da papagaiada,
da trapalhada, da mentira. Viva o autoritarismo do Gran Circo Brasil! São os
bufões, fazendo ridículo sempre, se fingindo de valentões, na sua criminosa
covardia, tentando botar inocentes e heróis no lugar de bandidos, e os bandidos
entre honestos, corretos e santos. E os maiores escândalos passam a ser coisa
boa.
Eles fazem papéis ridículos, os palhaços na “sala de
injustiça” e seus apoiadores, só dizem tolices. São todos enganadores,
aproveitadores. São todos do mesmo tipo: rústico, grosseiro, bobo, fanfarrão,
covarde, grotesco, charlatão, farsante, saltimbanco... E o que resta ao país
que é vítima dessa gente? E o que resta aos palhaços que merecem toda a
consideração e são feitos de otários por essa trupe todos os dias?