O destaque da primeira noite de debates entre
candidatos a prefeito de SP ficou com Pablo Marçal. É inegável: ele é bom
nisso. O "coach" tem o dom da oratória, veio para avacalhar geral,
talvez em busca de mais engajamento nas redes sociais, mas esse tipo de postura
parece adequado para o perfil de entretenimento que virou a política. A verdade
é que pouca gente quer debate sério com propostas sobre temas burocráticos da
cidade.
E Marçal entregou seu show! Ninguém sabe ao certo a
que ele veio, se realmente deseja se tornar prefeito, mas ele vem cumprindo um
papel interessante: jogar m***a no ventilador. E como tem disso ali! Notei que
muitos jornalistas ficaram horrorizados com a falta de compostura do
empresário. São os que gostam de políticos profissionais que passam por media
training para repetir frases prontas e slogans falsos. Um deles chegou a chamar
indiretamente Marçal de "escroto" (Oi, Guga).
Mas eis o meu ponto: dá mesmo para levar a sério
Guilherme Boulos? A mesma imprensa que fala tanto da tal ameaça da extrema
direita é incapaz de expor nosso jacobino tupiniquim pelo que ele é: um
extremista comunista defensor de terroristas e ditadores. A tentativa de
normalizar Boulos é simplesmente abjeta. Portanto, pergunto: quem é mais
"escroto", o que trata o circo como circo ou o que tenta fingir que é
um ambiente muito sério e profissional?
A tentativa de normalizar Boulos é simplesmente
abjeta: Não confio em Marçal, mas acho importante ter alguém que solta granadas
em cima dos comunas. Jamais um tucano como Ricardo Nunes faria isso. Tabata
Amaral, perfeitamente apelidada de "parachoque de comunista", estava
lá com esse propósito apenas, e é uma das mais falsas e incoerentes: condena
ditaduras como a de Maduro, mas apoia Lula. Datena é um fanfarrão que sempre
desiste de suas candidaturas, e estava ali claramente para levantar bolas para
Boulos. E Boulos não pode ser levado a sério por ninguém minimamente sério.
O maior objetivo de qualquer pessoa decente deveria
ser o de impedir o invasor Boulos de "invadir" a prefeitura mais rica
do país. Nesse sentido, confesso não saber se o espetáculo promovido por Marçal
é realmente útil, pois ele tira mais votos de Nunes, do que de Boulos. Mas que
é divertido ver comuna sendo esculachado, enquanto a velha imprensa tenta
tratá-lo com seriedade, isso é!
PS: Fez falta a participação de Marina Helena, do
Novo, provavelmente a mais preparada dos candidatos e com uma plataforma
liberal muito superior ao esquerdismo reinante ali.