O governo está festejando o aumento do PIB que, de
acordo com o IBGE, no segundo trimestre do ano foi de 1,4%. Cresceu a riqueza
do país. Havia crescido 1% no primeiro trimestre. A preocupação é que a
agricultura caiu, diminuiu em 2,3%. Em compensação, a indústria reagiu e
cresceu 1,8%. Serviços, 1%. Então, crescimento no segundo trimestre positivo de
1,4%. Só que as contas públicas estão péssimas. Pior situação desde 2002. A
conta, que inclui por exemplo União, Estados, Municípios e Estatais, mais juros,
contando 12 meses para trás, é de R$ 1 trilhão e 127 milhões de déficit. Não é
brincadeira. A dívida pública baixou na pandemia. Foram só três países do
mundo: Arábia Saudita, o Brasil e qual foi o outro? Singapura. A gente estava
na companhia de Singapura diminuindo a dívida pública. Agora está em 78,5% de
toda a riqueza nacional. Como se a sua dívida em casa equivalesse quase a 80%
de todo o seu patrimônio. R$ 8,8 trilhões. É muita coisa. Era isso que eu
queria mostrar.
Maduro:Indo para a Venezuela, vocês viram o Maduro?
Não é novidade fazer isso, mas acaba de fazer. Decretou que o Natal, neste ano,
vai ser em 1º de outubro. É porque ele não está aguentando a pressão popular.
Então inventa festejo natalino. Opa, Papai Noel vem agora, então é hora de
confraternização, espírito natalino, vamos festejar em casa, comprar presente,
fazer árvore de Natal, festejar, dia 1º de outubro. Está com pressa inclusive.
Vai ser agora, Natal daqui a um mês. Incrível! E aí, eu estava dizendo, o trenó
do Papai Noel vai sobrar para ele poder viajar. Talvez seja isso, porque os
Estados Unidos levaram o avião dele. E a outra coisa, mandou prender o
candidato que não ganhou a eleição. Igualzinho o Ortega. O Ortega prende antes,
para evitar que a pessoa seja candidata. Esse aí foi o candidato. A oposição
conseguiu perceber o que tinha 82% das urnas, viu que ganhou, ele também viu e
não mostra mais urna. O governo brasileiro continua cobrando. O embaixador
Celso Amorim disse que o governo brasileiro não vai admitir a prisão do
candidato de oposição que é o embaixador Eduardo González. Certamente ele
conhece o embaixador. Foi embaixador da Venezuela na Argentina, disse que não
vai admitir, mas o fato é que o Brasil está junto com... se meteram nessa,
Brasil e Colômbia não conseguem resolver o Maduro, que está pouco se importando
com o Lula.
STF: E quanto ao Supremo? Ontem na CNN
perguntaram ao ex-presidente do Supremo, o ministro Marco Aurélio Mello, o que
ele acha do impeachment. Ele disse que não é a solução, que a solução tem que
vir do próprio Supremo, dos 11 do Supremo reunidos em plenário, de olho no
olho, sem essa história de reunir à distância. Ele acha muito, muito ruim.
Criticou muito o espírito de corpo do Supremo, que já se revelou na primeira
turma, aquela da qual participa o Moraes, na qual deu 5 a 0, ou seja, o Moraes
votou nele mesmo. Mais os votos do Zanin, do Dino, da Carmen Lúcia e do Fux.
O Fux ainda fez uma ressalva: como é que estão punindo
22 milhões de brasileiros se quiserem continuar na plataforma e não cometeram
nenhum crime? É disso que eu venho falando. Mas ele criticou muito o Supremo,
dizendo que não pode partir do Supremo um bloqueio de plataforma que prejudica
milhões de pessoas. E que o Supremo é o guarda de uma liberdade que á cláusula
mestra, na ordem jurídica constitucional. E que não pode, nenhum ministro do
Supremo, criar embaraço para livre informação. Ele está citando a Constituição,
está no artigo 220, nenhuma lei pode criar embaraço à livre informação e é
vedado todo qualquer tipo de censura.
Essa questão aqui está em jogo, isso é maior. O
ministro Barroso disse que o Supremo virou um tribunal político, e é por isso.
Mas não é um tribunal político porque não ganhou voto para ser político, não
ganhou voto algum, aliás. Quem ganhou voto para ser político e fazer política,
tomar decisões e fazer leis é o Congresso Nacional, são os deputados e
senadores.