Um dos laureados, neste ano, com o Prêmio Nobel de
Economia, o professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), Daron
Acemoglu, tem chamado muito a atenção do mundo acadêmico, sobretudo dos
economistas brasileiros, que fazem coro a um possível retorno do nosso país ao
ciclo perverso de uma recessão prolongada e profunda.
Tanto para esse economista quanto para outros, no caso
aqui, o CEO da SPX, Rogério Xavier, o caminho para o Brasil voltar a um novo
período de forte recessão está sendo pavimentado centímetro a centímetro pelo
atual governo, dada a piora progressiva e contínua da situação fiscal incidente
sobre as contas públicas.
Em primeiro lugar, é preciso destacar que fazer o
caminho inverso, levando o país de volta à chamada década perdida ou ao período
de hiperinflação provocado pelo governo Dilma, dará um enorme trabalho.
Bagunçar as contas públicas de um país como o nosso, que tem todos os
ingredientes para crescer com estabilidade, não é uma tarefa qualquer. Exige
persistência e tenacidade. A contenção de gastos ajuda na aceleração da dívida
pública e essa, quando erodida, leva o país à estagnação, que consumirá anos,
ou até décadas, para ser corrigida.
Aqueles que pilotam a economia do país sabem, ou
deveriam saber, que, quando a dívida pública sai de controle, todo o conjunto
de ações para conter os prejuízos deixa também de existir ou fazer efeito. Essa
também é a visão do o premiado com o Nobel de Economia 2024 professor Daron,
para quem somente instituições políticas fortes e inclusivas podem abrir
caminho para o crescimento econômico. Em outras palavras, o que esse economista
destaca é que as instituições de um país, em sua busca sincera pelo desenvolvimento,
devem incentivar abertamente a participação ampla e inclusiva da sociedade,
evitando que os recursos da nação acabem nas mãos de uma elite restrita.
Marginalizar grandes parcelas da sociedade, reprimindo
inovações e o progresso, concentrando e direcionando boa parte dos recursos
públicos para os chamados “campeões” nacionais, no caso empreiteiros ou os
bilionários da JBS, tem sido, até aqui, a fórmula para levar o país de volta ao
fundo do poço. Da mesma forma, aliar a economia brasileira aos interesses da
China, dentro dos Brics, em que o Brasil parece não ter identidade e
independência, também é uma outra fórmula de acelerar ainda mais a recessão interna.
O Brasil precisa aprender, o quanto antes, que a
ascensão de uma potência extremamente autoritária como a China não é só uma
ameaça ao equilíbrio mundial, como favorece os sistemas institucionais dessa
natureza, que negam o acesso e a inclusão política da sociedade, que permanecem
avançando. Tanto na condução interna da economia quanto em nossas relações
externas com parceiros tipo China e Rússia, estamos, na visão de muitos
economistas, indo em direção contrária ao crescimento e ao progresso do Brasil.
Por outro lado, o controle estatal sobre uma economia como a nossa, que vai mal
de saúde e que, mesmo assim, prossegue sendo alimentado pelo governo que
deteriora a capacidade da sociedade de inovar e prosperar de forma duradoura.
Parabéns Circe Cunha e parceiro. 🇧🇷👏👏👏👏👏
ResponderExcluirAutônomo não! Eduardo Augusto de Oliveira Dornas.
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