Os impactos da Reforma Tributária na economia do país
foram discutidos na tarde desta terça-feira (1º) no almoço-debate do Grupo de
Líderes Empresariais (Lide), no Lago Sul. Presente no evento, o governador do
Distrito Federal, Ibaneis Rocha, destacou que o GDF tem acompanhado a discussão
de perto por meio da Secretaria de Economia e da Procuradoria-Geral do DF.
“Nós temos uma preocupação muito grande com essa
questão da Reforma Tributária, uma vez que as matérias que temos visto apontam
que o Brasil terá uma das maiores cargas tributárias do mundo. Isso vai
penalizar muito diversas áreas da economia brasileira”, analisou.
Ibaneis revelou que teme a diminuição do consumo da
população e da produção das empresas devido ao provável aumento na tributação
em segmentos relevantes para o DF.
“A gente se assusta com o que pode acontecer, porque
nós estamos na iminência de aumentar a carga tributária no país nas mais
diversas áreas, com uma chance muito grande e triste de termos uma redução no
consumo e na renda, o que nos preocupa muito”, ponderou.
O chefe do Executivo lembrou que, apesar do DF, ter a
previsão de um avanço de R$ 2,6 bilhões na arrecadação com a reforma, a mesma
legislação pode gerar “uma queda muito grande nos nossos principais setores:
construção civil, comércio e serviços. Então isso nos assusta muito”, disse.
O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, também disse que a instituição tem participado do debate para entender os impactos nos setores em que atuam e para os clientes, do ponto de vista da dinâmica do crédito e na sustentabilidade dos setores. “A regulamentação da [Reforma Tributária] está se mostrando mais extensa do que o previsto e ainda com uma incerteza muito grande para vários setores”, comentou. “Nossa atenção especial é para o agronegócio, setor de serviços e imobiliário”, acrescentou Costa.
“Estamos aglutinando ideias e reclamações de vários
segmentos que estão com a carga tributária elevada. É muito importante esse
encontro, porque o debate vai ser agora, após as eleições municipais”, afirmou
Paulo Octávio.