Todo o truque do sistema contra o
bolsonarismo consiste em rotular de "trama golpista" o que era
discussão sobre a interpretação do Artigo 142 da Constituição. Esse truque fica
muito claro quando lembramos que são as mesmas pessoas que chamam as
manifestações patrióticas de "atos golpistas". Ora, o que há de golpe
em se manifestar contra o resultado de uma eleição suspeita?
Em qualquer democracia do planeta que
mereça esse nome, o povo tem total direito de contestar o resultado eleitoral.
Mas para o consórcio no poder, o simples ato de criticar o processo eleitoral
virou sinônimo de "ataque à democracia". Ao forçar a barra dessa
maneira, o sistema acabou revelando a farsa e por isso parcela significativa da
população não cai na narrativa de "trama golpista".
Todo brasileiro minimamente atento já
percebeu que o sistema vem perseguindo Bolsonaro faz tempo. O ex-presidente
ficou inelegível por conta de uma reunião com embaixadores! Lula, condenado em
três instâncias por nove juízes e desembargadores com "provas sobradas",
ficou elegível por um malabarismo supremo
Para dar mais credibilidade ao
discurso, tiveram que incluir um suposto plano para matar Lula, Geraldo Alckmin
e Alexandre de Moraes, além de Flávio Dino, o que tornou tudo mais surreal
ainda. Ninguém sério está comprando a valor de face essa ladainha toda, e por
isso o Jornal Nacional teve que publicar um teatro patético dos bastidores da
"reportagem", o que fez tudo parecer ainda mais artificial. É o BBB
News, ou a morte do jornalismo...
Quem quer que tente convencer o público
de que havia uma normalidade institucional no país, e Jair Bolsonaro
simplesmente não aceitou a derrota nas urnas, terá um desafio homérico para
responder algumas questões básicas. Por exemplo: o que o ministro indicado pelo
Lula quis dizer quando sussurrou ao ouvido de Alexandre de Moraes as palavras
"missão dada, missão cumprida"? Por que Barroso confessou que
derrotou o bolsonarismo num convescote dos comunistas da UNE, sendo ele um
suposto juiz imparcial? Por que o TSE foi atrás apenas de veículos de
comunicação que davam espaço para conservadores, como a Jovem Pan, e censurou
somente influenciadores de direita? E tem mais, muito mais...
Todo brasileiro minimamente atento já
percebeu que o sistema vem perseguindo Bolsonaro faz tempo. O ex-presidente
ficou inelegível por conta de uma reunião com embaixadores! Lula, condenado em
três instâncias por nove juízes e desembargadores com "provas
sobradas", ficou elegível por um malabarismo supremo, e Gilmar Mendes
ainda se gaba: não fosse o STF, Lula não estaria de volta ao poder, ou à cena
do crime, como diria Alckmin.
Que militares possam ter discutido o
que fazer diante de uma situação dessas é algo bastante natural. Afinal de
contas, existem mecanismos dentro das quatro linhas previstos para algo assim.
A própria Dilma chegou a sondar com o general Villas Boas a possibilidade de
decretar estado de sítio. Um jurista do renome de Ives Gandra Martins, presente
na promulgação da Constituição de 1988, já deu seu parecer sobre o artigo 142.
Reduzir isso tudo a "tramas
golpistas" não passa, portanto, de uma narrativa de quem deu o verdadeiro
golpe. E como Trump venceu e a chapa vai esquentar, o sistema tem pressa – e
muita "criatividade". Quer porque quer afastar o bolsonarismo da
disputa eleitoral de 2026, além de imobilizar as Forças Armadas, como fez a
ditadura venezuelana. Tem método. E o povo está vendo tudo isso, não vai cair
nessa narrativa tosca. Por isso a repressão ditatorial vai ter que aumentar,
infelizmente. Ninguém está acreditando no teatro do STF e da Globo...