Dos 27 governadores, apenas 13 compareceram à reunião
com presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na última quinta-feira (31).
Alguns não foram porque nem quiseram discutir o assunto, e outros participaram
para discordar da proposta de mudança na Constituição. O plano seria unificar a
segurança pública, como se fosse um "SUS da segurança", em que os
governadores receberiam instruções diretas do governo federal, o que, segundo
eles, invadiria a autonomia dos estados.
Alguns governadores se posicionaram contra isso, como
Cláudio Castro (PL), Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) e,
principalmente, Ronaldo Caiado (União Brasil), que deu uma verdadeira aula de
segurança pública, usando o exemplo de Goiás. Ele chegou a dizer: "Eu não
entendo nada de segurança pública do Amazonas, de São Paulo ou do Rio de
Janeiro, mas de Goiás eu entendo." E mencionou o entorno de Brasília, que,
segundo ele, não está mais sendo um problema para o governador do Distrito Federal.
O que eu queria comentar também é sobre o capítulo de
Direitos Humanos do programa do PT. Desmilitarização das PMs, descriminalização
das drogas e a soltura de milhares de presos. Imagina só que solução isso
daria! Não vai passar. Os governadores já devem estar orientando suas bancadas
estaduais para não votar a favor disso. Não tenho a menor dúvida quanto a isso.
Eleições municipais mudaram o discurso sobre a
direita: Agora, uma outra questão que eu gostaria de levantar: vocês
notaram que, de repente, aquilo que era chamado de extrema-direita sumiu do
discurso? Antes, só se falava em extrema-direita. Tínhamos esquerda e
extrema-direita. Mas, após a eleição, em que a centro-direita se mostrou
maioria — algo em torno de dois terços, no mínimo, do país — parece que houve
uma ordem de cima e, agora, só se fala em "direita". A
extrema-direita desapareceu. Ainda não consegui entender o que aconteceu, mas
isso me deixa receoso. Parece que perdemos a individualidade. Estranho isso.
Alta do dólar pressiona governo federal a cortar
gastos: Haddad estava programado para viajar à Europa, com destinos como
Paris, Londres, Berlim e Bruxelas. Só que o presidente Lula disse
"não". Como é que vai viajar com o dólar disparando desse jeito? Na
sexta-feira (1°), o dólar chegou perto de R$ 5. Não sei em quanto está agora,
mas o dólar turismo já passou de R$ 6. Quem deve em dólar está desesperado.
Parece que Lula está punindo Haddad, que queria
viajar, mas, na verdade, quem não quer cortar os gastos é o próprio Lula. Ele
afirma que não há gastos no governo, apenas investimentos. Mas isso é um
sofisma. Ele rotula o gasto como "investimento", dizendo que vai
render frutos no futuro. Só que enche a administração pública de comissionados,
com pessoas que ganham sem concurso, indicadas pelo partido, além das
mordomias, aviões e viagens desnecessárias no mundo digital, sem falar da folha
de pagamento gigantesca.
Eu sou testemunha disso. Estou em Brasília há quase
meio século. Quando o mundo digital chegou, imaginei que o computador
substituiria boa parte do pessoal. A cada três pessoas, seria necessária apenas
uma. O que aconteceu, porém, foi o oposto: de três pessoas, passou-se para
nove. A administração pública cresceu fisicamente, com a construção de anexos
em todos os ministérios. Parece que é dinheiro de ninguém, mas é o dinheiro
suado do povo, que está pagando juros altíssimos no cartão de crédito, 438% ao
ano no rotativo.
Exercício militar na fronteira é recado para
Maduro: Para encerrar, quero comentar sobre a crise com a Venezuela. O
país emitiu uma nota chamando o Brasil de "mentiroso" e
"agressivo". O Brasil, por sua vez, assinou um pedido com os países
árabes na ONU para embargar o envio de armas a Israel. No entanto, Israel
recentemente enviou mísseis para o Brasil, que serão usados em Roraima para
evitar que os blindados de Maduro invadam a Guiana via Roraima.
Além disso, parece que a base aérea de Parnamirim, em
Natal, vai voltar aos seus tempos de "trampolim da vitória". Mais de
100 aviões participarão de um exercício militar de defesa, com a participação
de Argentina, Paraguai, Peru, Portugal, Estados Unidos, Brasil, Chile, e com os
nossos F-5 Mike, AMX e os Gripen F-39. Parece que estamos mandando um recado
para Maduro: "Pare com isso."