O ano de 2025 começou
com uma queda significativa dos casos de dengue no Distrito Federal. A primeira
semana de janeiro registrou 196 casos prováveis, o que representa uma redução
de 97,6% em relação ao ano passado. No mesmo período de 2024, a capital já tinha
8.228, e, no ano anterior, 711 registros. Os dados foram divulgados pelo
Governo do Distrito Federal (GDF) em coletiva de imprensa nesta terça-feira
(7), no Palácio do Buriti
Para manter os números em queda e a
população segura, o GDF reforçou as contratações e a capacidade de trabalho. O
número de agentes de vigilância ambiental (AVAs) passou de 415 para 915,
enquanto o de agentes comunitários de saúde (ACSs) saltou de 800 para 1,2 mil.
Os auditores na linha de frente também aumentaram, de 81 para 131. A Defesa
Civil também ampliou o número de agentes de 70 para 109, com uma dupla
destacada para cada uma das regiões administrativas do DF.( Vídeo~~~)
Gustavo
Rocha, chefe da Casa Civil: “Está diferente do ano passado e também de 2023.
Isso também é fruto das ações que foram desenvolvidas ao longo do ano passado
para que a gente pudesse minimizar o impacto da dengue em 2025”
Outra novidade é que o Laboratório
Central de Saúde Pública (Lacen) aumentou a capacidade de realização de testes
para o diagnóstico da doença e do sorotipo em circulação, de 500 para 1,5 mil.
Combate aos focos do
mosquito: Também estão sendo instaladas placas informativas em pontos de
descarte irregular para alertar a população sobre deveres e cuidados com o
mosquito. A iniciativa prevê a colocação de 200 equipamentos em diferentes
regiões do DF, visto que a questão do descarte irregular é um ponto sensível
para a transmissão da doença.
“Vamos reforçar esse trabalho da
zeladoria, sobretudo no sentido do lixo e da água parada, de manter as nossas
equipes sempre na rua, para que tenhamos cidades mais limpas e que isso não
seja mais um trauma nas nossas vidas”, disse.
Ainda na esteira da zeladoria das
cidades, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) dividiu os
trabalhos pelo DF em seis regionais e ampliou a limpeza de bocas de lobo com
caminhões de sucção e hidrojateamento. Esse trabalho, que antes era feito de
forma manual e superficial, agora é executado por um sistema de limpeza com
caminhões para fazer a sucção dos resíduos sólidos e a limpeza das bocas de
lobo. Desde a contratação do serviço, a Novacap já limpou 800 km de um total de
aproximadamente 4 mil km de rede de drenagem.
“Pretendemos completar toda a rede ainda no decorrer deste ano”, afirmou o presidente da Novacap. “Vamos fazer esse trabalho ainda mais próximos das regiões administrativas para atender a tudo que é necessário no combate à dengue. As bocas de lobo e as redes de drenagem são um problema muito crítico no DF, desde sempre.”
O SLU vai incrementar a coleta,
ampliando o recolhimento para mais um turno. Além disso, estão previstas a
troca de 4 mil lixeiras e a instalação de mais 100 papa-lixos e 20
papa-entulhos. A DF Legal intensificou as ações de fiscalização. Só no ano
passado, foram mais de 21 mil ações fiscais que geraram cerca de R$ 4 milhões
em multas. Este ano, o GDF aumentou o valor da multa, com o objetivo de
diminuir o número de casos. Agora, o tributo varia de R$ 2,9 mil a R$ 29 mil,
podendo chegar até R$ 200 mil em algumas situações.
Imunização e ações de rotina: O
governo também reforçou a importância da vacinação dos jovens de 10 a 14 anos,
que compõem o grupo prioritário estabelecido pelo Ministério da Saúde. Segundo
o GDF, 46% receberam a primeira dose. No entanto, apenas 18,9% completaram o
ciclo vacinal. Atualmente, 17 mil doses estão disponíveis na rede pública de
saúde.
Além disso, permanecem as ações de
rotina: visitas domiciliares para remoção e tratamento de focos, manejo
ambiental, atividades educativas, bloqueio de transmissão e controle de
emergências com UBV (ultrabaixo volume), instalação e monitoramento de
armadilhas ovitrampas e atuação integrada com os órgãos locais, a exemplo do
GDF Mais Perto do Cidadão.