Segundo uma reportagem publicada
recentemente pelo Estadão, mesmo não possuindo cargo no governo, a
primeira-dama Janja teria uma equipe “informal” de ao menos 12 pessoas à sua
disposição, que incluiria assessora de imprensa, fotógrafos, especialistas em redes
sociais e até um militar. Um grupo que, no total, custaria cerca de R$ 160 mil
mensais em salários, além de já terem gasto R$ 1,2 milhão em viagens desde o
início deste governo Lula.
Como na esquerda sempre há uma surpresa
negativa para deixar tudo pior, entre os nomes que estão no “gabinete paralelo”
de Janja está o da antropóloga Priscila Pinto Calaf, que, segundo veiculado
pela mídia, fez uma dissertação de mestrado com o título “Criança que faz
criança: (des)construindo infância e sexualidade com meninos e meninas de rua”.
Só por isso já dá para entender o porquê de ela ter passado no teste de
qualidade do PT.
Enquanto esbanja dinheiro com mordomias
para a primeira-dama, a gestão petista corta verba daqueles que mais necessitam
Em um texto anterior, comentei sobre a
entrevista de Rosângela Lula da Silva a um telejornal brasileiro, em que ela
externa sua frustração por não ter um gabinete próprio e atribui isso ao
machismo e à misoginia. Com um time deste tamanho, que custa quase R$ 2 milhões
ao ano aos pagadores de (muitos) impostos, ela realmente acha que é justo
reclamar.
O governo Lula e sua irresponsabilidade
fiscal fala em corte de gastos, mas o corte em si nunca é do próprio governo,
mas da população que o mantém. Há dinheiro para “Janjapalooza”, artistas,
viagens, móveis e até a compra de uma nova cascata artificial para a Granja do
Torto que nem sabemos o quanto custou, já que os que tanto prometeram
transparência não informaram.
Há poucos dias, a aprovação do PL
4.614/24, de autoria do líder do governo, José Guimarães (PT-CE), causou
revolta em grande parte dos brasileiros, já que dificulta a concessão do Benefício
de Prestação Continuada (BPC) e prejudica idosos, pessoas com deficiência e com
transtorno do espectro autista (TEA). Enquanto esbanja dinheiro, a gestão
petista corta verba daqueles que mais necessitam.
Como sempre, farei a minha parte e
acionarei o Tribunal de Contas da União (TCU) para investigar a licitude dos
gastos, bem como o Ministério Público Federal para averiguar supostos casos de
improbidade administrativa com relação ao “gabinete paralelo” de Janja. Para
além dos custos públicos, a autorização para tal ato pode ser enquadrada como
crime de responsabilidade, por violar o dever de moralidade da Constituição
Federal, abuso de poder, desvio de finalidade e improbidade, em razão do gasto,
como muito bem pontuado pelo advogado e professor de Direito Constitucional
André Marsiglia. Não podemos admitir a continuidade desta farra.