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Não existe petista moderado

Não existe petista moderado

Chega a ser comovente a esperança tucana de encontrar por aí "petistas moderados". Um dos últimos que a turma fabricou foi Antonio Palocci, no começo do primeiro governo Lula, só porque o presidente eleito tinha escrito aquela carta ao povo brasileiro e o médico no comando da economia não tinha escancarado toda a demagogia petista de largada. Mas deu no que deu...

Mesmo depois de tanto tempo e tantas evidências, os tucanos seguem na busca implacável por petistas moderados. E Fernando Haddad é o candidato mais óbvio, pois mantém aquela pinta de tucano que engana quem adota a visão estética de mundo. Os tucanos, então, passam a ignorar que no PT só manda uma pessoa, Lula, e que todos os petistas precisam ser radicais para apoiar o maior bajulador de ditadores comunistas do planeta.

Em seu editorial de hoje, o Estadão tucano diz: "Gleisi Hoffmann é cogitada por Lula a deixar o comando do PT para ocupar a Secretaria-Geral da Presidência – um agrado à esquerda e ao partido e uma afronta a Haddad e aos moderados". Quais moderados, Estadão? Que Gleisi é a "ministra da guerrilha" todos sabemos, mas bate aquela curiosidade em saber quem o jornal tucano considera petista moderado nessa turma aí...

Enquanto os tucanos fizerem o L para "salvar a democracia" da "terrível ameaça" bolsonarista, e ficarem na esperança vã de que o PT será uma espécie de PSDB mais popular, o PT avançará com tranquilidade com sua agenda comunista radical

Em um trecho que ilustra com perfeição a grande ilusão tucana, o jornal descreve Gleisi como se ela fosse representante apenas de uma "ala radical" do PT, e não do partido todo e do próprio chefe absoluto, Lula, que pensa exatamente da mesma maneira descrita:

O arsenal de Gleisi é vasto e vai além dos ataques a Haddad. A ex-ministra da Casa Civil de Dilma Rousseff costuma funcionar como uma espécie de braço retórico armado de Lula da Silva. É nessa condição que frequentemente despeja declarações furiosas contra o Banco Central (pelo menos enquanto a instituição era presidida pelo inimigo preferencial dos petistas, Roberto Campos Neto), o mercado financeiro, o mundo corporativo, o agronegócio, o Congresso, a direita (inclusive a direita que não se enquadra no bolsonarismo fundamentalista), Israel, os evangélicos, a imprensa profissional e, agora, o presidente dos EUA, Donald Trump. Por outro lado, revela-se uma afável defensora de Nicolás Maduro, de Cuba e do Partido Comunista Chinês – aos quais costuma bajular enviando missões do PT ou indo pessoalmente para trocas que decerto geram dividendos políticos à esquerda de linhagem lulopetista e constrangimento ao restante do Brasil.

Lamento informar ao Estadão, mas isso é o PT em sua essência! Demonizar o agro e o mercado financeiro, assim como Trump e a "direita bolsonarista" (e para petistas isso inclui tucanos), atacar Israel e defender terroristas, enaltecer a democracia enquanto adoram Cuba, Venezuela e China: temos aí basicamente o script necessário para fazer parte do PT. Não há petista que divirja desse arsenal de loucuras!

Enquanto os tucanos fizerem o L para "salvar a democracia" da "terrível ameaça" bolsonarista, e ficarem na esperança vã de que o PT será uma espécie de PSDB mais popular, o PT avançará com tranquilidade com sua agenda comunista radical, sem qualquer resistência por parte da patota tucana que comanda as redações dos jornais e muitas empresas do país. Essa visão distorcida que a elite tucana alimenta dos petistas é nossa grande maldição!


Rodrigo Constantino – Foto: Joédson Alves/Agência Brasil- Gazeta do Povo




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