Está marcado para o dia 25 o exame na
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) da denúncia do
Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, contra Bolsonaro e outros, pelo
golpe que não houve. São apenas cinco ministros na turma, menos da metade do
Supremo. O advogado de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, em uma entrevista para a
Revista Oeste na sexta-feira (14), lembra que a regra é que presidente e vice
sejam julgados no plenário, pelos 11 ministros.
Podem dizer que Bolsonaro não é mais
presidente. Sim, mas há outra decisão do STF dizendo que aqueles que estiverem
respondendo a ações que se originaram durante o mandato vão manter ainda o foro
privilegiado no Supremo. Ou seja, não terão a quem recorrer porque já é no
último grau, na última instância. Então é preciso que o julgamento seja feito
pelos 11 ministros, e não por 5, menos da metade do Supremo. É muito estranho.
O advogado disse que o inquérito da
Polícia Federal repete 96 vezes a palavra “possivelmente”. Vejo isso também no
jornalismo, e deveria ser proibido. Eu fui professor em duas faculdades de
jornalismo, e dizia “não se usa talvez, mais ou menos, possivelmente, deve
estar pensando, quase”. O jornalismo tem que ser objetivo e claro. Tem que dar
a informação como ela é, e não como o jornalista acha que é. E a polícia
também, mais ainda em um inquérito. Não pode ter “possivelmente”, mas está lá
96 vezes.
Morte de Clezão poderia virar roteiro
de filme: Enquanto isso, em Copacabana, Bolsonaro estava pedindo anistia
para todos. Estava lá a viúva do Clezão, que morreu na mesma situação do
episódio contado no filme premiado “Ainda Estou Aqui”. Ele foi preso sem o
devido processo legal e morreu nas mãos do Estado. Houve a mesma coisa com o
Clezão, exatamente igual.
Dá para fazer mais um filme agora,
sobre o Clezão, com a agravante de que houve pedido de seu advogado por várias
vezes para ele ser tratado devidamente, porque estava com risco de morrer. O
pedido sequer foi considerado. Há uma responsabilidade muito grande do Estado.
No passado, anistia permitiu que Dilma
Rousseff se tornasse presidente: A Polícia Militar do Rio disse que havia
400 mil pessoas na manifestação na praia de Copacabana. Estavam lá os governadores
de São Paulo, de Santa Catarina, do Rio de Janeiro, de Mato Grosso, 45
deputados, um grupo grande de senadores, em um apelo para uma anistia agora.
Aquela anistia do passado anistiou todo
mundo, e foi graças a isso que Dilma Rousseff virou presidente. Fernando
Henrique Cardoso também foi presidente, Leonel Brizola foi governador, assim
como José Serra, que foi senador e governador. Dizia-se que o Supremo iria
revisar a lei da anistia, mas o Supremo não pode.
Quem revisa uma lei é o Legislativo.
Estamos falando de 40 anos de democracia, depois que assumiu o presidente José
Sarney. Temos uma Constituição que mostra que o primeiro dos poderes é o
Legislativo, que legisla. O Supremo não legisla.
Desaprovação de Lula cresce nas
pesquisas de opinião: A situação do presidente Lula piorou depois da
última pesquisa Ipsos-Ipec. Ele tinha 34% de desaprovação, entre ruim e
péssimo, e agora está com 41%. E entre ótimo e bom, ele tinha 34% e agora está
com 27%. E a desconfiança está ganhando quase que de 60% a 40%. Não adiantou
toda a publicidade, toda a propaganda.
SpaceX, de Elon Musk, vai resgatar
astronautas na Estação Internacional: O Elon Musk não foi para aquele
lugar para o qual ele fora mandado pela primeira-dama do Brasil, ele foi para
os astros. E a nave SpaceX chegou na Estação Internacional ontem para resgatar
os dois astronautas que ficaram lá por mais de nove meses.
Deveriam ficar seis meses, mas ficaram
mais de nove meses porque a nave que os traria de volta estava insegura, não
funcionou. E o Elon Musk foi lá buscar, com o SpaceX. E nos faz rir muito o
X-Kid, o filhinho dele, saltitando em torno do presidente dos Estados Unidos,
se divertindo muito lá na Casa Branca.