O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)
criticou, nesta sexta-feira (18), a concessão de asilo diplomático pelo governo
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) a Nadine Heredia, ex-primeira-dama
do Peru condenada a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro. Bolsonaro está
internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, e se recuperando de uma
cirurgia para tratar um caso persistente de suboclusão intestinal.
"Corruptos condenados por lavagem
de dinheiro e desvio de recursos públicos passaram a ser recebidos como
‘perseguidos políticos’, transportados pela Força Aérea Brasileira e acolhidos
com honrarias por um governo que distorce o instituto do asilo para se
solidarizar com quem rouba do próprio povo“, disse o ex-presidente em suas
redes sociais.
Nadine Heredia e o seu marido, o
ex-presidente peruano Ollanta Humala (2011-2016), foram condenados a 15 anos de
prisão por lavagem de dinheiro, acusados de receber recursos ilegais da
Odebrecht e do governo venezuelano. Ambos negam as acusações. O julgamento
durou 3 anos, período em que o ex-presidente alegou perseguição política.
Na mesma publicação, Bolsonaro criticou
também a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal
(STF), que suspendeu a extradição de um búlgaro preso por tráfico de drogas à
Espanha.
“Traficantes internacionais são
mandados para a casa numa confusão vergonhosa que instrumentaliza a justiça
para fazer ‘retaliação diplomática’ contra a Espanha, país que, assim como os
Estados Unidos e a Argentina, já reconhece a motivação política por trás de
decisões proferidas no âmbito dos inquéritos intermináveis de Alexandre de
Moraes e enxerga a criminalização absurda da opinião em nosso território”,
afirmou Bolsonaro.
Ele acrescentou alegando que “a imagem
do Brasil no exterior está sendo dilacerada por quem deveria defendê-la. A
nossa justiça não pode continuar sendo usada como instrumento de vingança de
acordo com os caprichos e vontades de um único homem”.
A decisão de Moraes acorreu após a
Justiça da Espanha rejeitar o pedido de extradição do jornalista Oswaldo
Eustáquio. O magistrado justificou a suspensão alegando que o governo espanhol
desrespeitou o requisito da reciprocidade.
Moraes também mandou os ministérios da
Justiça e das Relações Exteriores notificarem a representação diplomática
do governo da Espanha e ordenou que o embaixador espanhol “preste informações
em cinco dias, comprovando o requisito da reciprocidade”.
Reportagem corajosa e sensacional! 👏👏👏👏👏
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