A recente transferência do criminoso
apontado como sucessor de Marcola no comando da facção Primeiro Comando da
Capital (PCC), Marcos Roberto de Almeida — conhecido como Tuta, o combate ao
feminicídio e o evento do Dia Mundial da Diversidade foram
alguns dos temas abordados no CB.Poder — parceria do Correio com a TV
Brasília, nesta quarta-feira (21/5). Aos jornalistas Carlos Alexandre de
Souza e Darcianne Diogo, o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro
Avelar, comentou sobre o monitoramento de organizações criminosas na capital e
a importância da participação ativa da sociedade no combate aos crimes
violentos contra mulheres.
Sobre o evento na Praça dos Três
Poderes, que ocorre nesta quarta-feira (21/5), o secretário afirmou ser um
desafio, mas que as forças de segurança estão preparadas. "Estamos
colocando um grande efetivo para poder dar segurança para esse evento. Eu,
particularmente, não gosto da ideia de se fazer eventos dessa natureza na Praça
dos Três Poderes, porque é uma área de segurança, é uma área que a gente tem
que ter cuidados especiais e receber a quantidade de público que vamos receber
vai nos demandar uma atenção redobrada e eu posso afiançar: tem sido feito um
grande trabalho de levantamento de informações e de inteligência, para que a
gente possa se antecipar e garantir a segurança do evento, como haverá de ser
absolutamente seguro", afirmou.
O chefe da pasta comentou, ainda, sobre
a transferência
de Tuta para a capital, criminoso apontado como
sucessor de Marcola. "A vinda de uma liderança que é conhecida por ser
perigosa, veio por meio do sistema federal, Polícia Federal e Sistema
Penitenciário Federal. É claro que tem uma repercussão também no nosso complexo
da Papuda e uma repercussão também na segurança pública do Distrito Federal,
uma vez que temos que fazer esse trabalho de inteligência, de levantar sobre
quem está vindo junto, eventuais comparsas ou familiares", explicou.
Veja a entrevista (Vídeo~~~)
Em relação aos casos de feminicídio, Avelar falou sobre a necessidade de mais participação
efetiva da sociedade. "Eu acho que a gente tem que fazer um grande
trabalho de conscientização da nossa população, uma coisa que agregue e faça a
nossa população ajudar a proteger as mulheres de todo o Brasil. Porque é comum,
por exemplo, o cidadão discar o 190 e chamar a PM quando ele está ouvindo o som
da festa do vizinho e o som está alto. Mas, quando ele está escutando esse
mesmo vizinho espancar a esposa ou a companheira, ele não liga para a polícia,
porque ele acha que não tem nada a ver com isso. Então, é uma mentalidade
atrasada, que a gente tem que mudar para que possamos realmente fazer com que o
Estado tenha condições de fazer a sua parte, de proteger as mulheres, de fazer
com que todos respeitem as mulheres", finalizou.