O ex-deputado federal Roberto Jefferson
foi para casa após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de
Moraes autorizar a prisão domiciliar, com todas as restrições. Jefferson não
pode usar rede social, receber visitas que não sejam os próprios parentes e o
advogado, e tem que usar uma tornozeleira eletrônica. Ele ficou dois anos no
hospital, com o estado de saúde muito ruim.
Em outubro de 2022, quando foi preso, o
ex-deputado atirou contra o carro da Polícia Federal e jogou uma granada de
efeito moral. Os estilhaços do artefato feriram dois policiais federais. Com o
novo rombo resgistrado pelos Correios, vale lembrar que Roberto Jefferson foi o
responsável por mostrar que o foco do Mensalão estava dentro dos Correios. O
esquema de distribuição de dinheiro para compra de votos, revelado no primeiro
mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), provocou a queda do então
ministro José Dirceu e, posteriormente, sua cassação.
Agora, Jefferson volta para casa e os
Correios voltam para as manchetes. No segundo ano do governo Bolsonaro (PL), os
Correios já registravam prejuízo. Em 2014, o Postalis, fundo de pensão da
estatal, investiu em papéis podres na Argentina, notas de crédito garantidos por
títulos da dívida do país vizinho. Após a Argentina dar um calote na dívida, o
fundo perdeu milhões.
Os carteiros pagavam o fundo com
desconto no contra-cheque, como descontaram agora no contra-cheque de milhares
de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A
tramoia acontece há anos. O Roberto Jefferson botou a boca no mundo e
denunciou. Os Correios tiveram lucro de R$ 1,53 bilhão em 2020, segundo ano da
gestão Bolsonaro, e lucro de R$ 2,3 bilhões em 2021.
O general da reserva Floriano Peixoto
Neto, que presidiu os Correios entre 2019 e 2022, e os diretores conduziam a
empresa com produtividade, economia, parcimônia, nada de gasto, nada de dar
dinheiro para cantor fazer turnê, sem patrocinar evento na Colômbia, nada
disso. Na época, a estatal estava ampliando seus serviços, que ficavam cada vez
mais eficientes e rápidos.
No primeiro ano do governo Lula (PT), o
prejuízo já estava em quase R$ 600 milhões. Em 2024, o rombo foi multiplicado
em quatro vezes e a empresa anunciou o prejuízo de R$ 2,6 bilhões. Agora, os
Correios pedem centenas de milhões aos bancos em empréstimos para sobreviver. E
ainda tem os patrocínios feitos pela estatal, eles adoram dar dinheiro.
A Lei Rouanet e o espetáculo sobre
prostíbulo: O Ministério da Cultura de Lula liberou R$ 1,35 milhão, via
Lei Rouanet, para a realização de um espetáculo sobre um famoso prostíbulo que
funcionou em São Paulo. O grupo responsável pelo projeto vai homenagear esse
prostíbulo como um “espaço emblemático” de São Paulo, do início do século
passado. é divertido utilizarem essa expressão para definir um bordel.
A intenção dos responsáveis pelo
espetáculo seria “reimaginar” o período – o sonho deles seria elaborar uma
linguagem própria –, porque toda a gerência é feminina, exaltando o papel
feminino na gestão do bordel, numa perspectiva crítica e artística. Um bordel
onde se alugam mulheres para homens, homens esses que certamente não são
cavalheiros. É a exaltação da desgraça de muitas mulheres.
Operação americana em Caracas expõe
vexame de Maduro: Os americanos conseguiram realizar uma nova operação
Entebbe, mas sem tiros, na Venezuela. Em 1976, terroristas sequestraram um
avião Air France, que iria de Tel Aviv para Paris, e fizeram um pouso forçado
em Entebbe (Uganda). A missão de resgate, conhecida como operação Entebbe, foi
conduzida pelas Forças de Defesa de Israel.
No último dia 6, a equipe dos Estados
Unidos entrou na Embaixada da Argentina, em Caracas, sob a bandeira brasileira,
e retirou cinco opositores venezuelanos que estavam refugiados no local. O
grupo fazia parte da equipe da líder da oposição venezuelana, María Corina
Machado.
A Embaixada é da Argentina, a bandeira
usada foi a brasileira, mas o próprio ministro das Relações Exteriores do
Brasil, Mauro Vieira, disse que só ficou sabendo da operação pelo noticiário.
Ou seja, o Brasil não sabia.
Segundo uma fonte argentina, os
americanos chegaram, pousaram num campo de aviação, um aeródromo perto de
Caracas, com um avião com matrícula venezuelana. Eles utilizaram carros idênticos
aos da polícia venezuelana, com os mesmos números, entraram na embaixada e
levaram todos os asilados.
Não precisou haver tiros, senão já
teria sido divulgado. A operação só veio a público após os refugiados estarem
em segurança no território americano. Foi uma operação triunfal ou, como disse
o verdadeiro presidente eleito da Venezuela, Edmundo González, uma “operação
impecável”. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, também disse que foi
uma operação exitosa, perfeita. Além disso, foi um vexame para o ditador
Nicolás Maduro, que estava indo para Moscou, na Rússia. A ação mostra como a
segurança do ditador é vulnerável.