O Brasil está indo
para o diabo, por uma combinação de incompetência estrutural em Brasília,
vadiagem orgânica e o pior caso de más intenções jamais visto neste país. O
governo conseguiu o prodígio de não realizar uma única e escassa obra pública,
nem um abrigo de ônibus. Rouba-se desesperadamente – até de aposentados
indefesos, e o irmão do presidente da República está metido até o talo na
ladroagem. O Tesouro Nacional está na Vara de Falências e o ministro Taxad quer
mais imposto; se o governo gasta mais do que pode, o problema é seu, senhor
contribuinte – já pode ir pagando a diferença. Só dá ruim, em tudo. Mas o
governo Lula só pensa “naquilo”: fake news, ou melhor, censura.
Seu parceiro de
consórcio, o STF, já “formou maioria” para implantar a censura no Brasil –
potencialmente, a pior que este país já viveu, pois o propósito não é pegar a
imprensa (para quê?), e sim milhões de cidadãos brasileiros que passam a ser
proibidos de se expressar e de se informar livremente nas redes sociais. Estava
escrito que seria assim, e assim foi. Somos, a partir de agora, possivelmente o
único país do mundo em que o mais alto tribunal de Justiça decreta que toda uma
área da sociedade – as redes sociais – está fora do alcance dos juízes e da
proteção da lei.
“A qualquer guarda
noturno, se tiver carteirinha do PT, pode mandar as empresas censurarem o que
lhe der na telha. Se não obedecerem, terão de pagar multas de bilhão ou de
trilhão ou quatrilhão por minuto”
Plataformas e
usuários, até hoje, só eram obrigados a fazer ou deixar de fazer alguma coisa
por força de sentença judicial. Essa situação, no entender do consórcio
Lula-STF, fazia da internet uma “terra sem lei” – a casa de Maria Joana onde
cada um faz o que bem entende e as multinacionais se entopem de “lucros”. É o oposto.
As redes sociais
até agora estiveram sujeitas a todas as leis brasileiras, mais o Marco Civil da
Internet, cujo artigo 19 determina que a supressão de conteúdos será feita
sempre que a Justiça mande fazer. Sem lei o Brasil fica agora: qualquer guarda
noturno, se tiver carteirinha do PT, pode mandar as empresas censurarem o que
lhe der na telha. Se não obedecerem, terão de pagar multas de bilhão ou de
trilhão ou quatrilhão por minuto etc.
O STF decidiu que o artigo 19 do Marco
Civil é “inconstitucional”. Como pode ser contrário à Constituição um
dispositivo que coloca possíveis conflitos sob apreciação da Justiça? Estamos,
aí, em plena anarquia demente. É o ambiente ideal de Lula, Janja e de toda a
extrema esquerda que não admite, e nunca admitiu na história, a liberdade de
expressão. Alguém já viu algum país “socialista” aceitar a livre manifestação
de seus cidadãos? Isso não existe. Lula, aliás, deixou claro o modelo de
censura que quer para o Brasil – é o modelo chinês. Já pediu, até, para o presidente
da China mandar ao Brasil um funcionário da “sua confiança” para ensinar o
governo brasileiro a censurar a internet.
Nada poderia dar uma ideia melhor do
que o que o governo Lula vai considerar fake news que a ira do ministro da
Fazenda em relação à calamidade em tempo real da sua área. Indignado, ele houve
por bem dar como exemplo de “notícia falsa” o vídeo do deputado Nikolas
Ferreira sobre a trapaça que se armava na sua área contra os usuários do Pix. O
vídeo teve 300 milhões de visualizações e a trapaça precisou ser abortada. E
sabem o que o ministro acaba de dizer a respeito? Que o vídeo só pode ser fake,
porque não há 300 milhões de pessoas capazes de falar português no mundo. Quer
dizer: não apenas querem censurar, mas querem censurar dando esse tipo de
boçalidade como justificativa. Aí fica difícil.