Em circulação por capitais brasileiras, homenagem ao genial Garoto apresenta show no Clube do Choro de Brasília com o trio Caixa Cubo e Márcio Marinho, além de exibição de documentário. Pioneiro da bossa nova, pai do violão moderno, autor de clássicos do cancioneiro popular brasileiro, revolucionário do choro e considerado o maior nome da literatura dos instrumentos de cordas do país. Peça fundamental (e esquecida) da história da música popular brasileira, Garoto (Aníbal Augusto Sardinha, 1915-1955) será homenageado na imersão Garoto: o gênio das cordas, no Clube do Choro, em Brasília, reunindo, no dia 13 de julho, domingo, a exibição do premiado documentário “Garoto, Vivo Sonhando", de Rafael Veríssimo; e, no dia 14, segunda-feira, o espetáculo de música "Garoto: o gênio das cordas", do trio Caixa Cubo e Márcio Marinho, como convidado especial.
Selecionado pelo edital Bolsa Funarte de Música Pixinguinha 2023, Garoto, o gênio das cordas tem coordenação artística de Myriam Taubkin, direção musical de Henrique Gomide, arranjos do Caixa Cubo Trio e produção executiva da Caminhante Music.
Sobre Garoto: "O Genio Das Cordas" Reverenciado como o principal nome do choro de São Paulo - não à toa, o Dia Estadual do Choro é comemorado na data de seu aniversário -, Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, é lembrado como um dos mais importantes multi-instrumentistas de cordas do país. Em sua curta trajetória (ele morreu aos 39 anos, deixando uma obra extensa), obteve destaque em carreira solo e como acompanhante de nomes como Carmen Miranda, Dorival Caymmi, Luiz Gonzaga, Radamés Gnattali, Orlando Silva,
Francisco Alves e Pixinguinha.
Além de dominar mais de dez instrumentos de cordas, é autor de joias como “Gente Humilde”, letrada após sua morte por Vinicius de Moraes e Chico Buarque - clássico do cancioneiro popular, é a música mais regravada dentro de toda a obra de Chico - , “Duas Contas”, considerada como uma precursora da bossa nova, e “São Paulo Quatrocentão”, que vendeu mais de 700 mil cópias na década de 1950. Suas composições já foram gravadas por nomes como Maria Bethânia, João Gilberto, Caetano Veloso, Chico Buarque, Vinicius de Moraes, Wilson Simonal, Clara Nunes, Baden Powell, Hermeto Pascoal, Luiz Melodia, Moraes Moreira e Gal Costa.
Com harmonias avançadas para a época, Garoto antecipou muito do que viria a aparecer nas composições da bossa nova. Outro legado importante deixado pelo músico foi seu papel fundamental na modernização do violão brasileiro. Com amplo domínio técnico sobre o instrumento, derrubando as fronteiras entre popular e erudito, foi o primeiro violonista a se apresentar como solista acompanhado de orquestra no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Com sua obra violonística, criou dezenas de composições e estabeleceu uma verdadeira escola de violão brasileiro, tornando-se referência fundamental para instrumentistas como Zé Menezes, Baden Powell, Raphael Rabello, Paulinho Nogueira, Luiz Bonfá, Egberto Gismonti, Fabio Zanon, Marco Pereira, Paulo Bellinati, Turíbio Santos, Duo Assad e Yamandu Costa.
Sobre o Show: Este tributo a Garoto apresenta parte importante da obra do artista, interpretada pelos integrantes do trio paulista Caixa Cubo - Henrique Gomide, ao piano, Noa Stroeter, no contrabaixo e João Fideles na bateria. O grupo tem, entre seus diversos lançamentos, um álbum dedicado à obra de Garoto, denominado Enigma – A música de Garoto. O trio tem se apresentado em concertos pelo Brasil e Europa, sempre incluindo composições de Garoto no repertório.
O espetáculo conta ainda com a participação de Márcio Marinho, cavaquinista brasiliense de destaque por sua versatilidade e técnica no cavaquinho 6 cordas. No decorrer do show, será exibido um vídeo cenário com imagens feitas para o documentário “Garoto, Vivo Sonhando”, criado pelo seu diretor, Rafael Veríssimo, com fotos, fonogramas, partituras e manuscritos pertencentes ao acervo pessoal do artista.
Sobre o Filme: Garoto – Vivo Sonhando Prodígio dos instrumentos de corda, pioneiro da bossa nova, mestre modernizador do violão: Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto (1915-1955), é um dos pilares da música brasileira. Tecida por arquivos raros, diários pessoais e depoimentos, esta imersão documental, dirigida por Rafael Veríssimo, revela sua influência e os conflitos artísticos de um vanguardista com a trajetória popular trilhada na era de ouro do rádio. Foi eleito o melhor documentário de música dos 10 anos do Canal Curta!, teve Menção do Júri no festival In-Edit 2020 e integrou a Programação Especial do festival "É Tudo Verdade" de 2020.
Quem é o diretor: Rafael Veríssimo é documentarista, produtor e técnico de som direto, com experiência no audiovisual desde 2010. É diretor, roteirista e produtor de “Garoto - Vivo Sonhando”. Também dirigiu, escreveu e produziu a série “Izaías e a Memória Viva do Choro” (SESC / CPB no. B24-004857-00000) e o programa “Apollo Ensemble In Brazil” (TV Omroep Flevoland, Holanda). Como técnico de som, trabalhou em filmes e séries como “Pelé” (Netflix), “Democracia em Vertigem” (Oscar 2020), “Chitãozinho e Xororó - Uma História de Sucesso” (Globoplay), “O Caçador de Marajás” (Globoplay), “Sergio Mendes: In the Key of Joy” (HBO Max), “50 Anos do Balé da Cidade de SP” (Arte 1), “Deadly Sharks of Paradise” (Discovery USA), “Na Trilha das Águas” (Discovery Brasil), e os mini-docs “Beneath the Canopy” e “Daniel and the Sea” (Google USA), com mais de 3 milhões de visualizações cada.
Trailer do filme:
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Sobre os Artistas: Caixa Cubo O trio paulistano Caixa Cubo tem se consolidado na cena internacional, marcando presença constante nos principais palcos de jazz da Europa desde 2011. O grupo, que recentemente lançou “Modo Avião” pelo selo britânico Far Out Recordings — gravadora que já lançou nomes como Hermeto Pascoal, João Donato, Azymuth e Joyce — conquistou espaço em listas de Melhores do Ano da BBC6 e sites como Bandcamp.
Ao longo de sua discografia, Henrique Gomide (teclas), Noa Stroeter (baixo) e João Fideles (bateria) exploram a música brasileira em diálogo com o jazz e a improvisação, prestando reverência a grandes mestres — como em Enigma – A Música de Garoto (Pau Brasil, 2018), álbum em que o trio revisita a sofisticada obra de Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, trazendo à tona composições inéditas e explorando sua riqueza harmônica de forma única, 110 anos após seu nascimento. Márcio Marinho Cavaquinista natural de Brasília, é um dos grandes nomes do choro brasileiro. Compositor, arranjador, produtor e professor, Márcio Marinho conquistou reconhecimento por sua maestria no instrumento. Prolífico e premiado, Márcio se destaca tanto pela contribuição à música brasileira quanto por sua dedicação à valorização do choro e à formação de novas gerações.
Serviço: Garoto, o gênio das cordas: Show em homenagem ao pai do violão moderno brasileiro, com Caixa Cubo e participações especiais. Exibição do documentário “Garoto – Vivo Sonhando”. Datas Dia 13 de julho, domingo Documentário Garoto, Vivo Sonhando Local: Clube do Choro Horário: 19 hs Duração: 100 min Ingressos: 20,00 e 10,00 Dia 14 de julho, segunda feira Show Garoto, o gênio das cordas- Caixa Cubo e Márcio Marinho Local: Clube do Choro Horário: 20:30 hs Duração: 70 min Ingressos: 60,00 e 30,00.