O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), disse na noite de hoje que foi obrigado a assinar o decreto que contingencia em R$ 1 bilhão os gastos públicos por culpa do descontrole fiscal do governo federal, liderado pelo presidente Lula (PT).
“Os juros estão muito altos e a responsabilidade disso é da área federal. Os empresários, assim, deixam de investir e o governo local vai sofrer perda de arrecadação. Diante deste cenário, precisamos ser cautelosos, controlar nossas despesas para não chegar no final do ano com rombo. Não podemos ser irresponsáveis como o governo federal”, afirmou Ibaneis em evento na Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco).
Ibaneis confirmou que deixa o Palácio do Buriti em abril do próximo ano. “Vou sair para disputar a vaga ao Senado. A Celina (vice-governadora Celina Leão) vai assumir e eu tenho plena confiança nela. Foi leal a mim nos 66 dias que estive de afastado do cargo por causa de uma decisão injusta”, disse se referindo à determinação do STF em janeiro de 2023, por causa dos atos de depredação por bolsonaristas na Praça dos Três Poderes, apontados como tentativa de golpe.
O evento na sede da Asbraco no SIA reuniu empresários e autoridades do GDF. O governador foi recebido pelo Presidente da Asbraco, Afonso Assad.
Garantia para pagamentos de obras: “Não vamos penalizar os empresários. Quem trabalhar será pago. Fiquem tranquilos. E, para não faltar dinheiro, estamos tomando esses cuidados com o nosso Orçamentos agora”, esclareceu.
Junto com o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, informou que o banco passou agora de 6o para o 5o em acesso a financiamento imobiliário. E o segundo público, só perdendo para a Caixa Econômica.
O governador aproveitou também a ocasião para criticar adversários políticos do PT e do PSB no DF. “Sofri desgaste pessoal, financeiro, familiar para levantar de novo essa cidade afundada pelos governos anteriores”, frisou.
“Democracia nunca é cara”: Ibaneis celebrou a derrubada do decreto do IOF pelo Congresso. E concordou com o aumento de número de parlamentares aprovado pelo legislativo federal. “Nunca é caro investir na democracia. O país cresceu e precisa de mais representantes”, comentou com à coluna.
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