Problema antigo, repercussão nova e desfaçatez de sempre. O influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como “Felca”, divulgou, no último dia 6 de agosto, um vídeo em que denuncia a “adultização” de crianças nas redes sociais.
Em fevereiro de 2024, publiquei um vídeo nas minhas redes sociais abordando a exploração sexual de crianças na Ilha de Marajó, no Pará, e a música autoral da cantora e compositora Aymeê Rocha, que alertava sobre os casos. Alguns artistas se mobilizaram sobre o tema, o que achei excelente, mas escancarou como os progressistas são completamente seletivos.
Em 2020, pessoas como a atual senadora Damares Alves já haviam abordado a mesma questão e, em 2022, quando relatou alguns dos casos que aconteciam na região, virou chacota entre militantes, parlamentares e parte da imprensa, foi acusada de fake news, alvo de ações judiciais e de pedidos de cassação.
O mesmo aconteceu com o vídeo feito pelo Felca. Em seu conteúdo, ele faz menção a Hytalo Santos, também influenciador, indicando que ele se beneficiaria financeiramente da sexualização de adolescentes.
Porém, em 2024, a atriz Antônia Fontenelle já havia feito denúncia parecida contra Hytalo, e o resultado foi completamente diferente: a denúncia de Fontenelle não ganhou grande repercussão e ela foi alvo da Justiça, que solicitou a remoção do seu conteúdo. Ou seja, para alguns, o problema pouco importa dependendo de quem o aborda.
Quem realmente se preocupa com a proteção das crianças não zombaria do filme Sound of Freedom, dizendo que a produção, baseada em relatos reais sobre o tráfico sexual infantil, seria um delírio da “extrema-direita”. Também não defenderia a interação de uma criança com um homem nu, como aconteceu no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). Ambos os casos estão na conta da esquerda.
Como se não bastasse, eles votaram contra a medida que aumenta o cumprimento de penas para crimes hediondos, que abarca crimes como o de estupro de vulnerável, se opuseram ao projeto que permite castração química contra pedófilos e não assinaram o pedido de abertura da CPI da Ilha do Marajó.
Se é para falar contra a “adultização”, que todos sejamos contra a presença de crianças em paradas LGBTQIA+ e demais eventos onde há nudez e músicas que sexualizam crianças — algo que vai de encontro até ao que pensa o STF, que está perto de tornar isso legítimo. Onde está a indignação? Por que ficaram calados quando Drauzio Varella abraçou, em rede nacional, uma pessoa trans presa pelo estupro e morte de um menino?
Apresentei nesta semana um projeto de lei para prevenção e combate à exposição indevida, “adultização”, exploração sexual e outros crimes contra crianças e adolescentes na internet, com medidas para inibir ainda mais esses crimes e, claro, sem qualquer tipo de politização para promover censura. O PL já conta com mais de 100 assinaturas, e ainda aguardo o apoio dos parlamentares da base do governo Lula.
O que defendemos contra pedófilos e maníacos sexuais são iniciativas como estas, além de punições adequadas e rigorosas. Utilizar até mesmo crianças e adolescentes para tentar cercear a liberdade de expressão da população só reforça que a esquerda não se importa com ninguém, exceto com ela própria.




