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COP 30

COP 30

Tem crescido o número de pessoas que se dizem pessimistas não só com os resultados concretos da 30ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, como chegam até a apostar que essa Conferência seja de fato realizada na cidade de Belém do Pará, como está prevista para acontecer entre 10 e 21 de novembro próximo.

Reuniões de emergência têm sido realizadas para discutir não só os custos elevadíssimos, como a possibilidade de a cidade nortista apresentar, em tempo hábil, condições mínimas para a efetivação do evento. De fato, pelo que é mostrado nas diversas reportagens nacionais e internacionais, é que os custos previstos e bancados pela ONU estariam cinco ou seis vezes acima da ajuda proposta pelas Nações Unidas. De acordo com o que tem saído das reuniões do Secretariado da Convenção do Clima das Nações Unidas, os problemas são de diversas ordens, a começar pelos preços cobrados para a acomodação dos participantes. O número de participantes por delegações tem sido reduzido em prejuízo dos trabalhos.

Diante do que vem sendo exposto aos participantes, diversos países têm insistido para que a Conferência não seja realizada em Belém. Alguns hotéis da cidade, diante da oportunidade única, estariam cobrando até 15 vezes mais do que os preços normais, igualando espeluncas a hotéis internacionais de seis estrelas. Em resposta, o Brasil tem rejeitado mudanças de local, afirmando que “não há plano B”, mas garantiu que uma série de medidas está em curso.

Em 1º de agosto, foi anunciada uma proposta oficial para oferecer hospedagens “inclusivas e acessíveis”, com tarifas entre US$ 100 e US$ 600, priorizando delegações de países menos desenvolvidos. Além disso, cerca de 500 quartos em hotéis de Belém e Castanhal foram negociados com preços entre US$ 100 e US$ 300 para essas delegações. Para suprir essa demanda, estão previstas várias iniciativas. Navios cruzeiros, oferecendo cerca de 6.000 leitos. Conexões com Airbnb, escolas, igrejas, motéis, e uma “Vila COP” modular, como alternativa de hospedagem. Um dos projetos mais polêmicos é a Avenida Liberdade, uma estrada de 13 km construída através de um trecho protegido da Amazônia para melhorar o acesso a Belém. Apesar de planejada antes da escolha da cidade como sede, sua construção tem sido criticada por seu impacto ambiental e contradição com os objetivos da conferência. Outros investimentos incluem a expansão do aeroporto, revitalização do porto, melhorias no saneamento e mobilidade urbana, tudo voltado para receber o evento e reduzir gargalos logísticos. Há, no horizonte, um cenário de exclusão, não apenas com acomodações, mas com transportes, segurança, alimentação e outros quesitos.

Quem conhece a outrora aprazível, Belém sabe que, hoje, a cidade não possui as mínimas condições para a realização de um evento mundial dessa magnitude.

O estado do Pará não possui infraestrutura adequada nem para atender a sua própria população. Para esconder o vexame, o governo federal vem destinando verbas bilionárias de emergência a serem utilizadas em obras que, segundo a população, buscam apenas maquiar e dar uma aparência de melhoria. Não há saneamento básico, os indicadores de educação estão entre os mais baixos do Brasil, a saúde pública é precária e alvo de várias denúncias, além disso o índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Pará é um dos piores do nosso país. O que antes era uma realidade conhecida apenas pelos paraenses, já chegou a todo o Brasil e ao mundo, revelando os estragos.

Todo o processo de preparar, minimamente, a cidade para receber a Conferência tem sido realizado à toque de caixa, as denúncias de superfaturamento em obras emergenciais têm sido frequentes. O mundo sabe dessa situação, que coloca, mais uma vez, nosso país como inseguro e suspeito para a realização de eventos desse porte. As autoridades que fingem nada saber, mais uma vez, voltam a falar no falso legado da COP 30 que será herdado pelos paraenses. Se formos levar em conta os legados prometidos pela Copa e pelas Olimpíadas, os paraenses podem ir se preparando para mais um engodo.

A frase que foi pronunciada: Se não houvesse hotéis disponíveis, eles deveriam dormir sob as estrelas”. (Lula para os críticos da COP 30)

Alto Custo: O nome da farmácia reflete também o alto custo para os pacientes conseguirem a medicação. Não é possível que qualquer questionamento precise ser feito pessoalmente, tirando todos os envolvidos da sua rotina, enquanto um simples telefonema resolveria tudo. Hora de rever a rotina de atendimento.


Circe Cunha e Mamfil – Coluna “Visto, lido e ouvido” - Ari Cunha - Estrada construída para a COP30 em Belém que vai desmatar a Amazônia – Foto: Reprodução Blog BBC News - Lula. Foto: Fernando Bizerra/EFE - Correio Braziliense



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