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Para ministros do TST, cidadão comum é “inconveniência”

Para ministros do TST, cidadão comum é “inconveniência”

Tribunal Superior do Trabalho está construindo uma sala VIP no aeroporto de Brasília, o terceiro mais movimentado do país. Terá 44 metros quadrados, para que os 27 ministros do TST, quando quiserem viajar, não fiquem misturados com as pessoas comuns que pagam impostos, que sustentam o tribunal, as folhas de pagamento da corte, e regalias como os apartamentos funcionais, dos quais o menor tem 300 metros quadrados.


Na fachada do palácio que sedia o Tribunal Superior do Trabalho está escrito “O tribunal da justiça social”. Interessante: a justiça é social, mas os ministros (não todos, creio) não querem socializar com os demais passageiros e por isso inventaram essa sala VIP. O Supremo também tem uma sala dessas; eu nem sei se ministros do STF ainda usam avião de carreira, ou se ficam nessa sala VIP e depois vão de carro até a base da Força Aérea, pegar um avião que foi comprado com o dinheiro dos pagadores de impostos, que é sustentado com o dinheiro dos pagadores de impostos, e que queima o combustível pago pelos pagadores de impostos, que sustentam o Estado brasileiro.


É bom repetirmos isso sempre, para que nos demos conta dos impostos que pagamos, inclusive o imposto indireto, que pagamos sempre em tudo que compramos. Você abastece o carro e paga 40% ou mais para o Estado brasileiro. E pior é que, se abastece com gasolina, leva só 70% porque os outros 30% não são gasolina.


Montadoras também não foram consultadas sobre mais álcool na gasolina: Aliás, falei sobre isso nesta terça-feira com o presidente de uma grande montadora, cujo nome não vou divulgar aqui. Ele concordou comigo sobre todos os prejuízos trazidos por essa adição exagerada de álcool; é praticamente uma adulteração da gasolina. Eu lhe perguntei se a montadora havia recebido alguma consulta técnica a respeito. Nenhuma, ele me disse. E nem nós, que compramos e pagamos pela gasolina que colocamos em nossos carros.


MP desarticula esquema de propina com auditores fiscais em São Paulo: Auditores fiscais do estado de São Paulo estariam ganhando um dinheirão em propina e favores para liberar créditos tributários para muita gente. Prenderam o presidente da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e um executivo do FastShop, porque eles teriam pago para o sujeito que aparentemente era o coordenador disso tudo, o chefe fiscal Artur Gomes da Silva Neto; nas casas de outros auditores havia R$ 1 milhão em dinheiro vivo, dois sacos de esmeraldas, alguns euros e dólares. Eles negociavam créditos tributários, que envolvem uma burocracia enorme para a empresa receber.


Caso da Ferrogrão é um resumo do atraso brasileiro: Nesta quarta-feira faz dois anos que a Ferrogrão entrou no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Mas entrou e ficou no dormente. Teria bitola de 1,60 metro, de Sinop (MT) até o porto de Mirituba (PA). O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, já tinha dito que a Ferrogrão estava parada nas mãos do governo federal. O problema começou quando o Psol (sempre ele) entrou no STF, a ação caiu com Alexandre de Moraes, e a construção da Ferrogrão foi paralisada porque tangenciava uma área de proteção ambiental. Já imaginaram se isso tivesse acontecido com as ferrovias norte-americanas? Os Estados Unidos não seriam o que são, não chegariam até o Pacífico. Mas aqui todo o movimento, principalmente na Amazônia e no Centro-Oeste, é para conter o progresso do país. Lula faz discursos sobre soberania todos os dias, mas parece que em planejamento estratégico é nota zero.




Alexandre Garcia - (Foto: José Cruz/Agência Brasil) - Gazeta do Povo


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