A última semana no Rio de Janeiro foi marcada por uma intensa guerra urbana entre a polícia e narcotraficantes. Contudo, o cenário complexo que se desenhou revelou duas conclusões vitais: a força superior do Estado diante do crime e a batalha implacável da informação.
Apesar dos desafios, ficou provado que o Estado, o poder público, possui mais inteligência que o crime organizado. O Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) do Rio de Janeiro demonstrou essa capacidade.
A operação recente, fruto de um trabalho robusto de inteligência, foi desenvolvida de forma integrada entre a Polícia Militar e a Polícia Civil. Este esforço integrado resultou na apreensão de mais de 90 fuzis e na prisão de mais de 80 narcoterroristas.
Os Complexos da Penha e Alemão têm sido utilizados como base de refúgio por lideranças do Comando Vermelho (CV) provenientes de outros estados, como Pará, Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. A principal figura por trás da expansão do CV no Brasil hoje é identificada como Doca, o Urso. Em meio aos conflitos, a população chegou a aplaudir a polícia durante a despedida dos quatro policiais mortos em combate, em um recado de gratidão e reconhecimento de que o Estado pode obter resultados quando age com inteligência.
A guerra de informação e a política: O outro recado crucial tirado da semana é que o Rio de Janeiro vive não apenas uma guerra de armas, mas também uma guerra de informação. Esta batalha se manifesta em duas frentes: a tática criminosa e a militância política.
Houve tentativas de desinformação por parte dos próprios criminosos sobreviventes, que tentaram fingir que os bandidos mortos foram torturados ou que eram civis. Imagens vazadas nas redes sociais demonstraram a farsa rapidamente, mostrando que os próprios criminosos retiraram as roupas camufladas dos mortos, vestimentas utilizadas como tática de guerrilha para disfarce na mata. Há, inclusive, suspeitas de que facadas nos corpos tenham sido dadas após as mortes.
O governo federal e a militância petista foram rápidos em disseminar mentiras. Uma dessas mentiras, que "caiu por terra", era a alegação do governo federal, através do ministro Ricardo Lewandowski e do comandante geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, de que não tinham conhecimento da megaoperação e, por isso, não ajudaram. Foi confirmado que a polícia de Cláudio Castro informou sobre a operação sigilosamente, mas o governo federal não considerou necessário enviar ajuda.
Houve ainda acusações diretas contra o governo do Rio de Janeiro, com petistas e a deputada federal Benedita da Silva (PT), que já foi governadora do Rio, pedindo a prisão preventiva do governador Cláudio Castro e acusando-o de comandar uma "chacina".
Benedita da Silva afirmou que, em sua gestão de nove meses, a polícia atuava com inteligência e planejamento, prendendo bandidos sem sequer disparar armas. No entanto, números do Instituto de Segurança Pública (ISP) de 2002, período em que Benedita da Silva foi governadora, contam uma história diferente. Naquele ano a polícia do Rio de Janeiro matou 1195 suspeitos, o maior número de mortes da série histórica até então. Esse número é significativamente maior do que o registrado em 2001 (772 mortes) e do que o número consolidado no governo Cláudio Castro em 2024 (699 mortes), que é quase a metade do índice de 2002.




Parabéns Jornalista Cristina Graeml .
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