O ex-senador e
presidente do diretório do PTB do Distrito Federal, Gim Argelo, teria atuado
para derrubar requerimentos que resultariam em investigações de empreiteiras na
CPI da Petrobras, no Congresso em troca de propina, segundo delação premiada do
senador Delcídio Amaral à Operação Lava Jato. ...
Argelo foi responsável
por comandar encontros em que a CPI definia pela derrubada ou pelo arquivamento
de requerimentos que envolviam empreiteiras citadas no esquema de desvios de
recursos da Petrobras. Procurado pelo o ex-senador não se manifestou (segundo
sua assessoria, ele estava viajando).
"Nessas reuniões,
os parlamentares pediam dinheiro para os empresários em troca da derruba- da
dos requerimentos", afirmou Delcídio na delação premiada - homologada
ontem pelo STF.
De acordo com Delcídio,
que era presidente da CPI, os encontros eram realizados na casa do próprio Gim
Argelo, em Brasília. Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS e preso na Operação
Lava Jato, era presença constante nas reuniões, de acordo com Delcídio.
"Quem organizava
essas reuniões era Leo Pinheiro. Participavam dessas reuniões empresários e
membros da CPMI", afirma Delcídio, em trechos da delação.
Segundo ele, "os
parlamentares diziam que precisavam de dinheiro para a campanha". "Os
valores foram pagos em espécie", mas não foram revelados pelo senador.
O envolvimento de Gim
Argelo para abafar as investigações da CPI já havia sido relatados por Ricardo
Pessoa, dono da UTC (e também preso pela Lava Jato). Em acordo de delação,
Pessoa afirmou que Argelo teria recebido propina para abafar as investigações.
De acordo com Delcídio, participavam da reunião da casa de Gim Argelo, além de
Ricardo Pessoa e Léo Pinheiro, José Antunes Sobrinho (Engevix).
Fonte: Jornal Destak –
Foto/Ilustração: Blog - Google