Rosso no comando do impeachment
O Distrito Federal tem três integrantes
na comissão da Câmara que vai analisar o impeachment da presidente Dilma
Rousseff: Rogério Rosso (PSD) e Ronaldo Fonseca (PROS) como titulares e Izalci
Lucas (PSDB), na suplência. Rosso será o presidente. Teve o nome aprovado em
consenso. Engana-se quem aposta numa posição de defesa da presidente da
República. A conduta dele hoje é uma incógnita. Vai depender muito da
deterioração do governo. E é bem provável que esse desgaste piore dia a dia. Se
Dilma chegar ao fundo do poço, Rosso não dará a mão à petista. Seguirá com a
vontade popular.
Influente no Congresso
Influente no Congresso
Há tempos, no meio político, Rogério
Rosso (PSD-DF) é considerado um dos nomes fortes para a sucessão do governador
Rodrigo Rollemberg ou para o Senado. Governador em mandato de nove meses em
2010, eleito pela Câmara Legislativa depois da crise da Operação Caixa de
Pandora, ele conquistou espaço político no Congresso assim que pisou na Câmara.
Tornou-se líder de uma bancada de 32 deputados, pediu no ano passado
publicamente a cabeça do então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e apresentou
o substitutivo aprovado na Câmara que reduziu para 16 anos a maioridade penal.
Alguma dúvida de que a posição na presidência da comissão do impeachment vai
marcar a trajetória política de Rosso? Com certeza, ele vai se lembrar de que
faz política na unidade da Federação em que a presidente Dilma Rousseff tem uma
das maiores rejeições no país.
Fonte: Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” –
Foto: Antonio Cunha/CB/D.A.Press – Correio Braziliense