A pequena Sarah não se desgruda da mãe, Doli, e do
pai, Pretinho: espécie ameaçada
"Nascida há um mês no Zoológico de Brasília, a
macaca-aranha-de-cara-preta foi batizada, após votação popular, em homenagem à
mulher de Juscelino Kubitschek. Filhotes de outras espécies também têm feito a
alegria dos visitantes do parque"
Sarah. É assim que se chama a mais nova integrante
macaca-aranha do Jardim Zoológico de Brasília. O nome, em homenagem a Sarah
Kubitschek, mulher de Juscelino e primeira-dama do Brasil, ganhou a votação
realizada no Zoo durante a celebração do aniversário da cidade. A eleição
começou na quarta-feira, pelas redes sociais, mas na quinta quem visitou o
parque pôde votar em uma urna localizada na frente do recinto do Micário.
Os votos
depositados na urna valiam cinco pontos e os computados pelas redes sociais, um
1. Com 1.175 votos, Sarah venceu as outras opções: Pequi e Candanga. Pequi, o
fruto do cerrado, ficou em segundo lugar. Já a homenagem aos candangos de
Brasília e à cidade de Candangolândia ficou em último lugar. As sugestões foram
feitas por funcionários e os nomes homenageiam os 56 anos da capital.
Segundo a
Assessora de Comunicação do Zoo, geralmente, quando nasce um novo animal, é
feita uma campanha nas redes sociais na qual o público sugere nomes e os
funcionários decidem. Esta foi a primeira vez em que os visitantes puderam
votar diretamente. A campanha computou, no total, 2.310 votos. Somente na urna,
450 foram contados. A ideia era levar o público a interagir e fazer parte da
história do zoológico.
A filhote
tem apenas 1 mês de vida e ainda vive pendurada na mãe. Filha de Doli,
resgatada pelo Ibama de Rondônia em 2007, e de Pretinho, nascido no Zoo de
Brasília em 2003, Sarah é a caçula de três irmãos. Hoje, ela, o pai e a mãe
vivem no recinto do Micário, pois a pequena ainda precisa de cuidados
especiais.
Fruto de
uma reprodução em cativeiro, Sarah é uma macaca-aranha-de-cara-preta, com nome
científico de Ateles chamek, espécie amazônica de primata que é vítima de caça
e da perda de hábitat. “Apesar de não estar na lista de extinção, a espécie já
é ameaçada. A reprodução em cativeiro é importante para o controle dos animais
e também para pesquisas”, ressalta Camila.
Filhotes
Além de
Sarah, o Zoológico de Brasília tem 5.790 animais, entre aves, répteis,
mamíferos, borboletas e aracnídeos. Entre eles, há muitos filhotes e novatos.
Alguns nascidos no próprio zoo e outros resgatados pelo Ibama em vários
estados. É o caso da Maria Bonita — uma filhote da espécie tatu-canastra que
foi recuperada em uma obra no Tocantins. O Zoológico de Brasília é o primeiro
do Brasil a receber a espécie. Porém, Mabu, como foi apelidada carinhosamente,
ainda não está exposta, pois o recinto adequado não está pronto.
Já
Eduardo e Mônica são irmãos e ambos foram gerados na capital. Da espécie
lobo-guará, já ameaçada de extinção, eles têm apenas 9 meses e vivem juntos no
zoo. Gaia, filhote da espécie adax, nasceu no local há seis meses e vive com a
mãe na ala da maternidade, ainda em período de adaptação.
A votação
Sarah: 1.175 votos
Pequi: 770 votos
Candanga: 365 votos
Galeria dos caçulas
Tamanduá-mirim
Nome: Babalu
A
tamanduá-mirim Babalu chegou ao Zoológico em novembro
de 2015,
após ser resgatada pelo Ibama ainda filhote.
Tatu-canastra
Nome: Maria Bonita
Maria
Bonita é um filhote da espécie de tatu-canastra e ainda não está exposta no
zoológico, pois não tem recinto adequado.
Lobo-guará
Nomes: Eduardo e Mônica
Os irmãos
Eduardo e Mônica, da espécie lobo-guará,
nasceram
em julho de 2015 no Zoológico de Brasília.
Adax
Nome: Gaia
Gaia
nasceu em 18 de outubro do ano passado e vive na ala da
maternidade
com a mãe, ainda separada do pai e do irmão para adaptação.
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Fundação Jardim Zoológico de Brasília: Endereço:
Avenida das Nações, Via L4 Sul - Horário de funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 17h - Valor da entrada: R$ 5 (meia)
Fonte: Maria Eduarda Cardim - Especial para o
Correio – Fotos:Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press – Agência-Brasília –
Correio Braziliense