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BRASÍLIA: "MOVIMENTAÇÃO POLÍTICA"


Um gabinete que funciona full time 

Desde que deixou a presidência da Câmara Legislativa, o deputado Patrício (foto) sofre acusações de absenteísmo por parte dos colegas. As reclamações partem principalmente dos companheiros da bancada petista. Pode até ser. Patrício não costuma, mesmo, ser visto no plenário nos últimos meses. Mas seu gabinete é o único a ficar aberto em tempo integral durante o recesso. Abre religiosamente às 8h e só fecha depois das 19h.  Na maior parte do dia, o deputado está lá. Os funcionários tiveram permissão para um rodízio de folgas. Mas o gabinete tem de estar aberto. 

Além de militares, os concursados 

Patrício costuma receber os integrantes históricos de sua base eleitoral, policiais e bombeiros militares. Agora, porém, comparecem às dúzias por lá novo tipo de interlocutores. São concursados que, aprovados, tentam ser chamados para ocupar as vagas que disputaram. Tudo começou depois que Patrício intermediou o aproveitamento de aprovados para  agentes de trânsito do Detran — foram chamados 214, quando a previsão do GDF era chamar só 100 de cerca de 400 aprovados. 

Veio depois a vez de 53 nutricionistas chamados em junho. Também eles  que não tinham previsão de contratação apesar do alto déficit desses profissionais na rede. 

Com o SindSaúde

Além deles, o deputado participa de conversas com a direção do SindSaúde, que culminaram na reversão do movimento grevista de técnicos na véspera da copa das confederações e reiniciou o diálogo da categoria com o Buriti para tratar da isonomia da categoria. 

Eleição ainda mais complicada  

Oficialmente, o distrital Cláudio Abrantes confirma sua permanência no PT. Eleito pelo PPS, o deputado negou-se a romper com o Buriti, como queria a nova direção regional do partido, e conseguiu sua liberação na Justiça Eleitoral. Sabia que sua opção de legenda, o PT, traria o desafio de aumentar sua votação para ser reeleito. Mesmo assim, fez a aposta. Constata hoje que enfrentará forte concorrência de outros candidatos petistas em sua base eleitoral, Planaltina. E que não terá como compensá-la em outras cidades da região Sul, caso de Sobradinho.

TSE reabre com pauta de peso

O Tribunal Superior Eleitoral recomeça as sessões plenárias de julgamento na quinta-feira, já com  processos importantes na pauta. Entre eles estão o que pode cassar o registro de candidatura do então senador Joaquim Roriz e do governador de Roraima, José de Anchieta. Caso seja cassado, Roriz fica inelegível para disputar eleições nos próximos oito anos. O mesmo aconteceria com Anchieta, que pretende disputar uma vaga no Senado, no ano que vem.

História eleitoral do Brasil

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, lança nos próximos dias um programa especial em 17 capítulos sobre a história da Justiça Eleitoral e das eleições no País. Serão apresentados depoimentos de todos os ex-presidentes do TSE ainda vivos, que contarão detalhes de  temas importantes. Prestarão depoimentos ex-ministros como Sepúlveda Pertence, Carlos Veloso, José Néri da Silveira, Nelson Jobim e Ayres Britto, além de juízes ainda  em atividade, como Ricardo Lewandowski , Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes. Carmen Lúcia considera importante reativar a memória do sistema eleitoral do País.

Começa prazo para definições partidárias

Caciques da política brasiliense — casos de Eliana Pedrosa e Cristovam Buarque — acham se abre no final desta semana o período de definições do quadro sucessório do Distrito Federal. Não só a turma volta do recesso como ficam faltando apenas dois meses para se esgotar o prazo de filiação a quem pretende disputar as eleições do ano que vem. Haverá um processo de acomodação política que permitirá, enfim, saber-se quem serão os candidatos.

Sem filiação

Estão hoje sem filiação partidárias três potenciais candidatos ao Buriti. O ex-governador Joaquim Roriz deixou o PSC e seu sucessor José Roberto Arruda abandonou o DEM, o que levou à perda de seu mandato. Como ministro do Tribunal de Contas da União, o ex-senador Valmir Campelo também ficou fora do PTB, uma vez que o cargo não permite atividades partidária. Se quiserem concorrer, terão de estar filiados até 5 de outubro. 

Muita gente na fila

O mesmo prazo vale para quem pretender trocar de partido para disputar, caso da própria Eliana Pedrosa. Estão na fila dos que devem buscar nova filiação nada menos do que oito deputados distritais e ao menos dois federais. 

Efeitos negativos sobre o PT

Nominalmente aliado ao PT, uma vez que ainda integra o PMDB, o deputado federal brasiliense Luiz Pitiman acha que as manifestações de rua tiveram efeito impacto negativo sobre os petistas. Mostraram, em especial, a fragilidade do diretório nacional, onde começaram brigas internas.

Vale para o Distrito Federal

Para Pitiman, é um efeito previsível. Diz o deputado que as manifestações de rua podem até atingir os parlamentares, mas quem realmente está colocado na mira são os governantes. “Todos eles:  presidente da República, governadores e prefeitos”, afirma, para completar: “deve ficar pior quem tem a caneta na mão”. Vale para o Distrito Federal. “Se a aprovação do Buriti estava ruim, a tendência é que fique pior”, avalia.

(Eduardo Brito- "Do Alto da Torre"-Jornal de Brasília)


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