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Internet e Política, tudo a ver: "Fabiana Grazielle"

Os últimos 20 anos marcaram uma verdadeira revolução digital, onde a sociedade cada vez mais se viu interligada pelo fenômeno da internet e, mais recentemente, pelos seus derivados como redes sociais, aplicativos de celulares, bem como dezena de outros meios de integração midiática.
No início, tal revolução ficou restrita à vida privada das pessoas, as quais buscavam diversão e acesso a conhecimentos diversos. Entretanto, é inegável que a última década caracterizou-se pela expansão daquela revolução digital para a interação social das pessoas, vindo a atingir o topo desta interação que é a política.
Na fase embrionária, poucos políticos perceberam a importância da internet, principalmente como instrumento de campanha eleitoral. Afeitos aos métodos antigos de se conseguir votos chegaram a desdenhar da internet. E achavam, até mesmo, um verdadeiro desperdício de recursos gastarem dinheiro em uma ação em que não enxergavam nenhum retorno significativo.
 Entretanto, com o avanço da internet portátil, ficou cada vez mais difícil de negar a realidade que se impunha. Qualquer que seja a interação social é importante saber da capacidade de se articular nas redes sociais e na internet. Tal fato ficou demonstrado tanto nas eleições de 2010, como nas eleições municipais de 2012 e, de forma cabal, nas manifestações de junho passado, que se espalharam como rastilho de pólvora pelo país.
Cada vez mais os políticos terão que contar com os recursos desta nova tecnologia para fazer as suas campanhas, pois os eleitores buscam incessantemente informações que sejam “direto da fonte”, ou seja, buscam conhecer mais em quem vão votar e são nestes “meios digitais” onde acabarão por definir muitos votos.
Até mesmo os órgãos da imprensa procurarão mais sobre os políticos nas suas redes sociais. Um político atuante e em uma sociedade que se busca a transparência, terá que possuir obrigatoriamente uma página no Facebook, umTwitter ou um canal no Youtube, além de manter um contato direto com seus eleitores gerando formas de obter o feedback dos mesmos.
 Avançamos assim para uma sociedade em rede fortemente integrada. E não será somente nas campanhas que o político deverá manter uma “plataforma digital”, pois a exigência que surgirá durante o processo eleitoral, terá que se manter durante todo o mandato do político, para que possa alimentar seus eleitores, bem como a sociedade em geral, sobre suas ações parlamentares.
Claro que nesta nova era, nem tudo são flores. Os mesmos instrumentos que tanto servirão para os eleitores e a sociedade, também serão utilizados para denegrir e atacar adversários. Hoje, já existem muitas páginas na internet e nas redes sociais que servem somente para a agressão ao adversário. Porém, isto somente denota a importância cada vez maior de se ter um assessor para mídias sociais. A nova realidade imporá este novo profissional, que será essencial para o desempenho de qualquer mandato eletivo.
Assim, podemos concluir que o mundo digital chegou para ficar dentro do espaço político. E cada vez mais, valerá a máxima de quem “não estiver nas plataformas digitais não existirá no meio político”. Há muitos desafios e trabalhos a serem feitos, mas o resultado disto tudo será mais participação social e transparência.
* Fabiana Grazielle é servidora pública e assessora parlamentar

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