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Carnaval: Animação com pouco brilho

A folia de Momo traz alegria somente para o segmento do varejo voltado à comercialização ou à locação de fantasias. A maioria dos comerciantes lamenta fechar as portas por força da convenção firmada com os trabalhadores do ramo.
Dilce Queiroz, gerente de um armarinho, tem o carnaval como o melhor período de vendas da loja.
Por: Gizella Rodrigues - Rodolfo Costa 

Confete, serpentina, máscaras e fantasias estão expostos nas vitrines do comércio. Enquanto a folia do Momo não empolga a maioria dos empresários brasilienses, existem lojas em Brasília especializadas em vender produtos carnavalescos e estão confiantes no aumento do faturamento. A dois dias do início do carnaval, elas aguardam clientes em busca de adereços, seja para pular na capital, seja em outra cidade. Para muitos estabelecimentos, o carnaval é a melhor data do ano e as vendas aumentam em até 80% na comparação com outros meses. Assim, otimismo é o que não falta atrás do balcão, mesmo diante do desempenho ruim do comércio brasiliense nas últimas datas comemorativas. 

Gerente de um armarinho que vende fantasias o ano todo em meio aos aviamentos, Dilce Queiroz afirma que três datas comemorativas garantem o faturamento anual da loja: o carnaval, as festas juninas e o Halloween. Desde o começo do mês, os proprietários do negócio investem na compra de adereços carnavalescos e, aos poucos, os clientes começam a chegar. “Por enquanto, veio muita gente comprar fantasia porque vai viajar. Essas pessoas se programam mais. Mas os foliões que não vão viajar deixam tudo para última hora”, conta. 

Segundo ela, até a sexta-feira, véspera do carnaval, o movimento na loja deve ficar mais intenso. “Quem quer ter um bom atendimento deve vir logo. Amanhã, fica impossível atender bem todo mundo”, diz. Em uma loja de aluguel de fantasias e acessórios de festas na Asa Norte, a gerente Dayanne Esteves Oliveira Correa se desdobra para atender os clientes. “Desde quinta-feira passada, o movimento aumentou bastante. É em fevereiro que meu ano começa”, diz. Ao contrário de janeiro, período que, segundo Dayanne, é fraco paras vendas, fevereiro promete um movimento 80% superior em relação ao mês anterior. Para atender a demanda, ela aumentou o estoque em 40%. “O perfil do consumidor nesta época do ano independe de idade. A saída dos produtos atende o mercado infantil e o adulto”, acrescenta.

De fantasias e acessórios infantis aos itens mais provocadores, as pessoas podem encontrar preços para todos os bolsos, de R$ 1,99 por um acessório, a R$ 300, por uma fantasia. “Tudo vai depender de como quer aproveitar e do tipo da festa”, garante Dayanne. Para quem prefere um serviço mais em conta, aluguéis de alegorias também surgem como boas opções. Na loja da empresária Sônia Rosa de Paula, em Taguatinga, fantasias podem ser locadas a partir de R$ 50, e os preços chegam a R$ 150, com opções diversas. “Tem de super-herói, princesa e até vestimentas sensuais”, afirma. Quem ainda não garantiu a roupa é bom correr. “Temos muitos artigos para aluguel, mas que podem sair do catálogo com o passar dos dias”, avisa.

Porta fechada
A confiança, porém, não é geral. De acordo com a convenção trabalhista dos comerciários, as lojas só ficam abertas no sábado de carnaval e fecham de domingo até a manhã de quarta-feira. O 31 de outubro, Dia do Comerciário, é trocado pela segunda-feira de folia e, tanto tempo de portas fechadas pode significar até prejuízo para diversos setores. “Brasília é uma cidade administrativa, formada por uma massa de servidores públicos que aproveitam o feriado prolongado para viajar”, afirma o presidente da Federação do Comércio do DF (Fecomércio), Adelmir Santana. 

Para o dirigente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), Edson de Castro, as vendas de fantasias pré-carnaval não são suficientes para melhorar o cenário. “Embora a cidade não seja carnavalesca, as pessoas ainda não têm o hábito de se fantasiar para sair à rua. Fazemos um esforço para nos mantermos em relação ao ano passado e não sofrermnos uma retração”, ressalta.

Quanto custa
Confete    a partir de R$ 2,20
Serpentina em spray    R$ 9,90
Espuma    R$ 4,49
Máscaras    a partir de R$ 5,90
Buzina a gás    R$ 19,90
Peruca    a partir de 21,90
Fantasia infantil    a partir de R$ 49,90
Fantasia de adulto    a partir de R$ 79,90

Sinal verde para a "Passarela da Alegria"
O GDF concluiu a montagem da Passarela da Alegria para o Carnaval 2014, no estacionamento do Ginásio Nilson Nelson, com capacidade para 20 mil pessoas.. Ontem, a instalação foi inspecionada pela Defesa Civil,  pelo Corpo de Bombeiro, pela Agência de Fiscalização e pela Polícia Militar. A infraestrutura será utilizada nos desfiles das Escolas de Samba, entre 1º e 4 de março, e na apuração, no dia 5. O projeto, contratado por licitação, contempla uma estrutura metálica, dois painéis de LED com 12m²m cada, 200 refletores e um sistema de som acima de 105 decibéis para os 300 metros de extensão da passarela. A estrutura também contará com mais de 400 banheiros químicos; posto médico e do posto Corpo de Bombeiros com 60 metros quadrados cada, além de três ambulâncias e 20 socorristas por dia.

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