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E se Brasília tivesse faixa de pedestre na diagonal, em "X"?

Segundo especialista, a solução, aplicável a qualquer cruzamento, reduziria o tempo de espera dos pedestres

Por: Michelle Macedo - Correio Braziliense 
Publicação: 10/12/2014 


O pedestre está em um dos cruzamentos mais movimentados de Brasília, no início da Asa Sul. Posicionado ao lado do Setor de Rádio de Televisão Sul (SRTVS), pretende atravessar a W3 e chegar ao Setor Comercial Sul (SCS). Para isso, deve aguardar o sinal verde de quatro semáforos. No total, a travessia leva aproximadamente três minutos. Porém, o que ocorreria se Brasília seguisse o exemplo de São Paulo - que inaugurou nesta semana um sistema de faixa de pedestre na diagonal? Será que a solução também funcionaria na capital planejada essencialmente para carros?
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E se Brasília tivesse faixa de pedestre na diagonal, em
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Segundo o coordenador do Programa de Pós-graduação em transportes (PPGT) da Universidade de Brasília (UnB) e professor de engenharia de tráfego, Paulo César Marques, a solução pode ser viável para Brasília. “Isso reduziria os tempos de espera dos pedestres. As faixas em “X” são aplicáveis em qualquer lugar onde houver cruzamentos. Seria uma boa solução para facilitar a vida dos pedestres”, garante o docente. O especialista comentou alguns exemplos da viabilidade da proposta e o Correio criou as simulações que você vê nesta página.

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E se Brasília tivesse faixa de pedestre na diagonal, em
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A assessora parlamentar Yasmine Silva aprova uma possível implementação do sistema em Brasília. “A sinalização e a reeducação dos motoristas são imprescindíveis. O pedestre economizaria tempo ao atravessar”, opina. O produtor Cristiano Porfifio, no entanto, acredita que o modelo não seria eficiente na capital: “É interessante, mas acredito em Brasília existem poucos cruzamentos”.

Sem previsão
Segundo o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF), não existem estudos ou projetos para alterar o modelo de faixa atual. Em Brasília, o respeito à faixa de pedestres foi resultado da campanha Paz no Trânsito, lançada em 1996 pelo Correio. À época, 25 mil pessoas fizeram passeata em prol da redução de violência nas pistas.

“O trânsito de Brasília privilegia vias de mão única; foi feito para evitar cruzamentos complexos. Mesmo assim, se fosse aplicada faixa na diagonal nos pontos mais críticos, teria que aumentar o tempo do semáforo fechado em cinco segundos no mínimo e reforçar a cor da faixa para adequar a travessia”, complementa Paulo César Marques, da UnB.

Em São Paulo, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o tempo de travessia para os pedestres no local de implementação do modelo em “X” caiu de um minuto e meio (90 segundos) para um minuto (60 segundos). 

Ideia Japonesa
 (Reprodução da internet)

O mecanismo do cruzamento em "X" surgiu no bairro de Shibuya, em Tóquio, no Japão. Posteriormente, outras cidades como Chicago (EUA) e Londres (ING) também adotaram o sistema. 

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