À QUEIMA-ROUPA
Cristovam Buarque
Senador pelo PDT
Cristovam Buarque
Senador pelo PDT
Qual a avaliação desse início do governo Rollemberg?
É um governo que enfrenta grandes dificuldades e que precisa do apoio de toda a sociedade. Se não formos capazes de recuperar, o DF sofrerá forte pressão para o fim da autonomia. Afinal, recebemos uma quantidade elevada de recursos. Muitos parlamentares são contrários a isso, pois seus estados não recebem. Então, é preciso saber usar o dinheiro aqui com responsabilidade.
O que o senhor pensa da gestão passada?
Foi um governo irresponsável. Uma administração que construiu um estádio de R$ 2 bilhões, que construiu um centro administrativo com dinheiro da iniciativa privada e foi entregue não concluído. Também fez obras caras e sem qualidade no transporte público e que não deram retorno. Além disso, foi um governo que não tinha cara da esquerda e não apresentou projetos sociais de transformação.
Esse novo governo terá essa cara?
Acredito que será pelo menos responsável. Mesmo com todo ônus, creio que vai equilibrar as contas. Mas não é tudo. Ele tem muitos desafios. Precisa dar respostas às áreas de eletricidade, saúde, educação e mobilidade. Eu e a população do DF esperamos que este não seja apenas um governo para equilibrar contas. É preciso ser realizador e progressista.
O governador disse que o senhor seria um de seus principais conselheiros. Ele o está ouvindo?
Eu não me ausentei da cidade. Não tirei um dia de férias. Estou disponível o tempo todo. Mas creio que o governo está tão mergulhado na crise que o Rodrigo ainda não precisou de mim. Eu mesmo tomei a iniciativa de organizar a ação no TCU para tentar recursos do Fundo Constitucional.
O senhor foi governador. Será que poderia oferecer sua experiência a Rollemberg?
Logo depois da eleição, desci do meu gabinete e fui ao gabinete do então senador Rollemberg. Levei uma folha de papel na qual listava os meus erros como governante, para que ele não os repetisse. Depois, publiquei no Correio Braziliense um artigo no qual listei meus acertos.
Quanto tempo o senhor acha que a população ainda terá paciência?
Hoje (sexta-feira), almocei com policiais militares. Também fui à rodoviária. As pessoas já começam a ficar impacientes. Se o governo não souber passar com clareza que está procurando solução, não terá mais muito tempo de lua de mel. Eu sinto que o povo nem está querendo uma solução imediata, pois entende que o Rodrigo pegou um caos. É fundamental que ele comece a construir a herança Rollemberg. Até agora ele só mostrou a herança negativa deixada pelo governo passado. Mas a população não quer só isso. Ele tem que começar a mostrar sua marca. Se ele não fizer isso, esse clima de simpatia pode acabar.
É um governo que enfrenta grandes dificuldades e que precisa do apoio de toda a sociedade. Se não formos capazes de recuperar, o DF sofrerá forte pressão para o fim da autonomia. Afinal, recebemos uma quantidade elevada de recursos. Muitos parlamentares são contrários a isso, pois seus estados não recebem. Então, é preciso saber usar o dinheiro aqui com responsabilidade.
O que o senhor pensa da gestão passada?
Foi um governo irresponsável. Uma administração que construiu um estádio de R$ 2 bilhões, que construiu um centro administrativo com dinheiro da iniciativa privada e foi entregue não concluído. Também fez obras caras e sem qualidade no transporte público e que não deram retorno. Além disso, foi um governo que não tinha cara da esquerda e não apresentou projetos sociais de transformação.
Esse novo governo terá essa cara?
Acredito que será pelo menos responsável. Mesmo com todo ônus, creio que vai equilibrar as contas. Mas não é tudo. Ele tem muitos desafios. Precisa dar respostas às áreas de eletricidade, saúde, educação e mobilidade. Eu e a população do DF esperamos que este não seja apenas um governo para equilibrar contas. É preciso ser realizador e progressista.
O governador disse que o senhor seria um de seus principais conselheiros. Ele o está ouvindo?
Eu não me ausentei da cidade. Não tirei um dia de férias. Estou disponível o tempo todo. Mas creio que o governo está tão mergulhado na crise que o Rodrigo ainda não precisou de mim. Eu mesmo tomei a iniciativa de organizar a ação no TCU para tentar recursos do Fundo Constitucional.
O senhor foi governador. Será que poderia oferecer sua experiência a Rollemberg?
Logo depois da eleição, desci do meu gabinete e fui ao gabinete do então senador Rollemberg. Levei uma folha de papel na qual listava os meus erros como governante, para que ele não os repetisse. Depois, publiquei no Correio Braziliense um artigo no qual listei meus acertos.
Quanto tempo o senhor acha que a população ainda terá paciência?
Hoje (sexta-feira), almocei com policiais militares. Também fui à rodoviária. As pessoas já começam a ficar impacientes. Se o governo não souber passar com clareza que está procurando solução, não terá mais muito tempo de lua de mel. Eu sinto que o povo nem está querendo uma solução imediata, pois entende que o Rodrigo pegou um caos. É fundamental que ele comece a construir a herança Rollemberg. Até agora ele só mostrou a herança negativa deixada pelo governo passado. Mas a população não quer só isso. Ele tem que começar a mostrar sua marca. Se ele não fizer isso, esse clima de simpatia pode acabar.
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Fonte: Coluna "Eixo Capital" - Almiro Marcos - Kelly Almeida - Matheus Teixeira - Correio Braziliense