Projeto
de Lei de autoria da deputada Celina Leão (PDT), que cria o Banco Distrital de
Células Tronco, teve o veto derrubado na sessão ordinária desta terça-feira
(14). O projeto estabelece regras para a doação de sangue do cordão umbilical,
para a formação de um banco público de células tronco, para tratamento de
leucemia, linfomas e outras doenças. O governador do Distrito Federal, Rodrigo
Rollemberg tem 48 para sancionar a lei.
A
iniciativa da parlamentar veio depois de conhecer o drama das famílias que
vivem em busca de uma medula compatível para salvar a vida de um familiar. Para
cada 100 mil doadores existe a chance de se encontrar apenas um compatível.
“É
uma importante vitória para os pacientes que estão em busca de uma medula
compatível. Vi de perto o drama do jovem José Robledo Nicolau e de sua família
em busca de uma medula, foi quando decidi apresentar o projeto, infelizmente
ele não resistiu, mas sua luta nos deixou uma lição e o desejo de amenizar a
dor de outros pacientes”, observa a deputada
Segundo
Celina Leão, com a lei as chances aumentam, já que o sangue do cordão umbilical
tem o mesmo efeito da medula óssea. “Com o alto número de nascimentos é
possível formar um amplo Banco de células tronco, que pode proporcionar
esperança para muitos portadores de leucemia e linfomas”, considera.
Desde
2012 uma portaria do Ministério da Saúde limita o número de doadores de medula
óssea e, ainda, restringe campanhas e ações de hemocentros em todo o país para
a coleta de medula óssea. O motivo é a organização do Registro Nacional de
Doadores Voluntários, que conta hoje com 2,9 milhões de cadastrados. Outra
justificativa para a redução é a questão do orçamento do Ministério da Saúde, o
exame de sequenciamento genético de cada voluntário custa em torno de R$ 350.
As restrições preocupam amigos e familiares de pacientes em busca de um doador
compatível. Em alguns Estados a portaria tem sido derrubada na justiça.
Fonte: Assessoria de imprensa