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Melhor marca de governo é o respeito da população

Idealizado em 2008, ainda durante o governo Arruda, inspirado no congênere em Belo Horizonte, o Centro Administrativo do GDF em Taguatinga, apelidado de Buritinga, ainda não disse ao que veio. Tal qual o Estádio Mané Garrincha, considerado o mais caro construído para a Copa do Mundo no país, o Centro Administrativo permanece vazio e esquecido embora continue custando mensalmente milhões de reais aos contribuintes.


As controvérsias envolvendo a obra começaram no lançamento do projeto, realizado mediante parceria público-privada. Com custo inicial de aproximadamente R$ 400 milhões, a nova sede, com 97% já concluídos, consumiu R$ 700 milhões e, graças a aditivos, pode ficar mais cara. Pior é que, mesmo antes de entrar em operação, o Centro sofre a intervenção de pequenas obras visando alterar áreas para melhor adequá-las às novas exigências.

A rigor, nenhuma das duas megaconstruções eram necessidades prementes para a capital. Mas, com a realidade posta à mesa, o melhor para o governo que herdou os dois abacaxis é assumi-los de vez, buscando o melhor caminho para aliviar o bolso do contribuinte. É preciso livrar a população de arcar com os delírios bilionários de mandatários de triste memória.

Ao lado da responsabilização criminal e civil pelos descaminhos dos projetos dos governos passados, é preciso também que os dois monumentos à inutilidade e ao desperdício do dinheiro público sirvam como marco histórico. Devem ser alerta para as novas gerações de administradores. Não é com obras desse porte que se faz um bom governo, mas com respeito ao cidadão pagador de impostos.

A frase que foi pronunciada
“Quando se acaba de ouvir um trecho de Mozart, o silêncio que se lhe segue ainda é dele.”
(Sacha Guitry) 

Fonte: Circe Cunha – Coluna “Visto, lido e ouvido” Ari Cunha – Correio Braziliense

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