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À QUEIMA-ROUPA: Alberto Fraga Deputado federal e presidente do DEM-DF/ O inferno de Gim

Quem arrecadou dinheiro da UTC para a sua campanha?
Tive vários doadores, mas a maior doação, da UTC, quem conseguiu foi o (ex) senador Gim Argello. 
Por que Gim ficou encarregado de arrecadar esse
dinheiro?
Ele quis ajudar a coligação. Como ia dar apoio político, ele viabilizou esses recursos. Só que à época não existia nada contra a UTC, nenhum inquérito, nada desabonador. Não conheço ninguém dessa empresa e eles podem dizer que não me conhecem.
O senhor se colocou à disposição para esclarecer o episódio. O que vai dizer?
Encaminhei um ofício ao (Rodrigo) Janot, ao (Sérgio) Moro e ao presidente da CPI da Petrobras, me colocando à disposição para explicar por que recebi esse dinheiro na campanha. Eu não tinha mandato e declarei a doação na minha prestação de contas à Justiça Eleitoral. Se houve algum acordo com a UTC, não passou por mim.
Sabendo que a UTC pagava propina para executivos da Petrobras e políticos, aceitaria hoje doação para a sua campanha?
Jamais aceitaria. Não tinha a menor condição de receber dinheiro de uma empresa enrolada até o pescoço na Lava-Jato. Mas eu não conhecia a empresa, que nunca operou aqui. Pode ser ignorância minha, mas eu não sabia de nada.
Acha que o ex-senador Gim Argello errou?
Quem pode falar é o próprio. Eu declarei o que recebi. 
Por que Gim arrecadou e não pediu para a própria campanha?
Não sei. Talvez porque na época ele era vice-presidente da CPI da Petrobras. 
Se ele era vice-presidente da CPI da Petrobras, sabia do envolvimento da UTC no esquema?
Será? Aí já não sei.

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O inferno de Gim


O ex-senador Gim Argello (PTB-DF) virou alvo de uma espécie de delação de seus aliados na campanha de 2014. Os candidatos que receberam  doações da UTC, intermediadas por Gim, não pretendem protegê-lo e esconder que o dinheiro chegou na campanha de 2014 pelas mãos do petebista. O dinheiro entrou depois da CPI da Petrobras, da qual Gim participou como vice-presidente. Somado a esse fato, há o depoimento do dono da UTC, Ricardo Pessoa, contra o ex-parlamentar. Para a força-tarefa do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, essa conduta tem nome: corrupção e lavagem de dinheiro. Por enquanto, o caso está sob investigação.
Escanteio
Durante a campanha de 2014, o apoio de Gim aos candidatos de sua coligação foi tão grande que muita gente acreditou que o senador seria o candidato natural ao Palácio do Buriti depois da desistência de José Roberto Arruda. O nome preferido pelo grupo, no entanto, foi Jofran Frejat (PR).
Currículo apreendido
Os investigadores da Lava-Jato encontraram, durante busca e apreensão na Casa da Dinda, nos documentos do senador Fernando Collor (PTB-AL), um currículo de Paulo Roxo, apontado pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, como o homem que foi a São Paulo definir os detalhes da doação para as campanhas do grupo de Gim Argello (PTB-DF). Gim tentou emplacá-lo em cargos do governo Dilma.

Fonte: Ana Maria Campos - Coluna "Eixo Capital" - Correio Braziliense - Fotos: Ana Rayssa/Esp.CB/D.A.Press.- Paulo H.Carvalho/CB/D.A.Press




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