Após terem sido suspensas por suspeitas
de sobrepreços e falhas no projeto de engenharia, as obras no Autódromo Nelson
Piquet podem ser retomadas.
Paralisada
desde 12 de janeiro deste ano, a reforma, que já tinha sido iniciada em setores
como o asfalto, podem ser retomadas até abril do ano que vem. Isso porque, no
final da tarde de ontem, representantes da Federação Brasiliense de
Motociclismo, Secretaria de Obras, Terracap e Novacap estiveram no prédio do
Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) para tratar da liberação das
obras no local.
De acordo
com o presidente da Federação de Motociclismo, Carlos Senise, a reunião serviu
para esclarecer vários problemas com relação a obra e que o novo projeto
pretende dar visibilidade internacional ao autódromo. “São quatro licitações.
Infraestrutura, asfalto, guard rail e pneus. Apenas a de infraestrutura, que
diz respeito a torre de direção, boxes e posto médico, ainda está na fase de
projeto”, afirmou o presidente. O asfalto, por exemplo, passaria apenas por uma
complementação, já que na obra anterior teve 60% da pista feita.
Os boxes são
uma das novidades que, segundo Senise, seguirão o padrão internacional. “É algo
que não tinha no projeto anterior e neste tem. A ideia é de que tenhamos 20
boxes, todos seguindo os padrões internacionais”, explicou.
Outra
novidade são as adequações para as provas de motociclismo, tendo em vista que a
pista foi desenvolvida para a Fórmula Indy. “Muitas exigências feitas pelas
federações internacionais de moto não são cobradas pelas federações de
automobilismo. Vamos fazer essas adequações para que a pista possa receber
qualquer prova de motociclismo”, detalhou Senise.
Tais
adequações e novidades podem dar ao autódromo capacitação para receber provas
internacionais. “Esperamos que com essas obras investidores do Brasil ou de
fora se interessem pelo autódromo”, comentou Senise.
Fonte: Jornal de Brasília - Com: Raphael
Costa