Na quinta-feira passada, a sessão
da comissão especial do Senado que aprecia o pedido de impeachment contra Dilma
Rousseff foi marcada por acalorado debate sobre os crimes que justificam o
afastamento da petista do cargo mais importante da República. Convidados pelos
parlamentares para discorrer sobre os termos da denúncia, os juristas Miguel
Reale Jr. e Janaina Paschoal reiteraram o rol de atos cometidos pela presidente
que se enquadram como crime de responsabilidade. Mais uma vez, destacaram o
flagrante desrespeito à legislação, por meio do artíficio consagrado como
“pedalada fiscal” e dos decretos de crédito suplementar. “Nunca vi um crime com
tanta impressão digital”, resumiu Reale Jr., que ressaltou a necessidade de se
considerar a responsabilidade fiscal um patrimônio da nação, e não somente uma
mera formalidade a ser seguida pelos admnistradores públicos. “O fato delituoso
pode não existir lá na Lei das 12 Tábuas, mas existe na consciência das
democracias”, disse. Esse argumento é suficiente para silenciar a cantilena
sobre a honestidade e a probidade de Dilma Rousseff na condução da vida pública
brasileira.
Janaina Paschoal, por sua vez, recomendou aos senadores que considerem
outros pontos constantes na denúncia antes de formularem o juízo a respeito da
presidente. Na peça encaminhada à Câmara dos Deputados, a autora afirmou o
vínculo entre o petrolão, as pedaladas fiscais e os decretos de crédito
suplementar. Mencionou a rumorosa atuação do BNDES, que acumulou mais de R$ 500
bilhões em aportes do Tesouro Nacional e destinou empréstimos suspeitos a
nações amigas, como Venezuela, Cuba e Angola. “Esse governo desrespeitou
triplamente a lei de responsabilidade fiscal”, concluiu.
O impeachment, como se sabe, tem natureza jurídica e política. Nas
diferentes instâncias em que o pedido de afastamento de Dilma Rousseff foi
examinado – do Supremo Tribunal Federal à Comissão Especial do Senado, passando
por comissão e pelo plenário da Câmara dos Deputados —, observa-se a clara
preocupação em seguir o rito estabelecido pela mais alta Corte de Justiça do
país. Em que pesem os protestos da presidente, os esforços do Advogado-Geral da
União e o estrilo dos petistas, o processo está revestido de amparo legal, como
sublinharam publicamente ao menos três ministros do STF. Em consonância com a
gravidade do momento, o Senado certamente seguirá esse protocolo e emitirá o
seu veredicto de forma legítima e republicana.
É inevitável, no entanto, que o exame dos atos atribuídos a Dilma
Rousseff revele também uma leitura política da conduta da presidente. Ainda que
não constem no teor da denúncia que irá a plenário na Câmara Alta, há diversos
e incontestáveis malfeitos de responsabilidade da ocupante do Planalto. Do
ponto de vista econômico, tornou-se lugar comum ressaltar que o atual governo
protagonizou o maior desastre das últimas décadas, ao mergulhar o país em uma
espiral de recessão. Na arena política, a presidente demonstrou excepcional
incapacidade de comandar uma base aliada capaz de construir acordos de
interesse do governo no Congresso. Nem mesmo na montagem de um ministério
qualificado Dilma Rousseff demonstrou aptidão, haja vista o escancarado
fisiologismo que marcou a ocupação da Esplanada e a notória ineficiência de
pastas como Saúde, Transporte e Segurança, apenas para citar algumas.
A titular do Palácio do Planalto está muito perto de ser afastada do
cargo. Ciente de que o poder presidencial lhe escapa das mãos, Dilma ainda
emite sinais de que “fará o diabo” — para utilizar uma expressão cara à petista
— para dificultar o eventual governo de Michel Temer. Definitivamente, não se
trata de postura digna de presidente da República. Por essas razões, pode-se afirmar
que ela está de saída por crimes e malfeitos inquestionáveis.
Fonte: “Visão” do Correio
Braziliense – Foto/Ilustração: Blog – Google
UM NOME SURPRESA PARA PRESIDIR A PETROBRAS
ResponderExcluirO nome "MAXXON, pertence ao Dr. Marcílio Novaes Maxxon, presidente da CONPETRO, a poderosa Confederação do Petróleo. É brasileiro, fazedor, realizador, e um defensor dos interesses nacionais. Tem o apoio de todas as entidades ligadas ao segmento de Petróleo & Gás.É amigo pessoal do Presidente MICHEL TEMER. Combate a CORRUPÇÃO, e os CORRUPTOS de Plantão. Com larga experiência administrativa e política, luta pela defesa do Estado Democrático de Direito. É justo, sério e tem postura e decisão. Um Homem de Palavra. O Brasil precisa de muito mais como ele, o Brasil é a sua marca!
Fernando Toscano
Redator-Chefe do Portal Brasil
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