População participou da abertura da Virada do
Cerrado 2016, no Parque das Garças, no Lago Norte, nesta quarta-feira (7).
Local também recebeu programação de aniversário da região administrativa. Foto:
Toninho Tavares/Agência Brasília
Atividade ocorre em sintonia com as comemorações do
aniversário de 56 anos da região administrativa
A Virada do Cerrado 2016 começou nesta
quarta-feira (7), com a abertura durante as comemorações dos 56
anos do Lago Norte, no Parque das
Garças — Setor de Habitações Individuais Norte, QI 15, Conjunto 9. Até as 17
horas, estão programadas apresentações culturais, feiras e práticas esportivas.
A virada segue até domingo e tem na programação cerca de 500 atividades, em 28
regiões administrativas, com o objetivo de aproximar a população do tema
sustentabilidade.
A proposta é que o evento promova uma mudança na forma como a questão
ambiental é vista pelos moradores do DF. “Aqui, o sentido é uma virada de
consciência para ter cada vez mais pessoas se envolvendo [com o tema]”, define
osecretário do Meio Ambiente, André Lima. Para isso, pensou-se em
uma programaçãovariada. “Criamos eventos que misturam
arte, cultura e lazer. São ações da população, do governo e da iniciativa
privada”, afirma Lima. O investimento para a Virada do Cerrado é de R$ 500 mil,
de acordo com o secretário.
As atividades visam também à apropriação dos parques e das unidades de
conservação pelos moradores, segundo o administrador regional do Lago
Norte, Marcos Woortmann. “É um convite para as pessoas ocuparem o espaço
público e conhecerem melhor a região em que vivem”, diz. Por isso, uma das
oficinas previstas para a abertura é a de arte e educação ambiental do Ateliê
Anjico. O projeto é feito nas imediações do Córrego do Urubu, entre o Lago
Norte e o Varjão, na área rural conhecida como Serrinha do Paranoá. O
público é formado por crianças com idade a partir dos 4 anos.
Os trabalhos incluem colagens, pinturas e elaboração de maquetes com
material reciclado, conforme explica a coordenadora da iniciativa, Mangala
Bloch. “Levamos as crianças para as trilhas, no Córrego do Urubu, e produzimos
o material a partir das impressões e das vivências delas”, detalha. O Ateliê
Anjico atua desde 2008 na região.
Projeto Águas para
mapeamento e conservação das nascentes
O envolvimento com a comunidade também é o mote do Projeto Águas,
criado no ano passado, para mapeamento e conservação das nascentes na área da
Serrinha do Paranoá. Entre as atividades desenvolvidas está o levantamento dos
locais em que a água aflora na região. “Já identificamos 90 nascentes, trabalho
feito com a população, que as descobre e envia as localizações, por meio de
aplicativo de mensagens instantâneas, a um engenheiro ambiental na
administração regional”, conta a coordenadora do projeto, Solange Sato.
Também é feita a capacitação de moradores para a
formação de uma brigada comunitária de combate a incêndios florestais.
“Tentamos levar a educação ambiental para os agentes do futuro, as crianças,
para que elas entendam a complexidade da discussão sobre a água”, defende
Solange. O Projeto Águas inclui ainda a capacitação de educadores. “Muitos
professores dão aula na área rural, mas não conheciam as cachoeiras e os
córregos da Serrinha.”
Agência Brasília