Preso
de novo, só resta a Léo Pinheiro insistir na delação
O depoimento, nesta terça-feira (13),
de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, ao juiz Sergio Moro é aguardado com
expectativa nos meios jurídicos: na primeira convocação, ele ficou em silêncio.
Agora, deve falar o que sabe sobre a acusação de que deu propina para o
ex-senador Gim Argello evitar que empreiteiros fossem investigados numa
CPI. É esperado que o juiz Moro não apenas ouça como também faça
perguntas adicionais, sinalizando que tem disposição de ouvir o que Pinheiro
tem a dizer sobre essa e várias outras denúncias que são investigadas na
Operação Lava Jato.
Há o entendimento de que Moro, ao
prender Léo Pinheiro pela segunda vez, criou uma situação que deixaria evidente
que uma delação do executivo não pode ser jogada no lixo. O executivo já se
revelou disposto a entregar esquemas não apenas do PT e do PMDB como também do
PSDB.
DELAÇÃO SUSPENSA – A negociação da
delação premiada de Pinheiro, no entanto, foi interrompida pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sob o argumento de que seus
termos vazaram para a imprensa.
A decisão foi polêmica, já que praticamente
todas as outras delações também vazaram sem que Janot tivesse, na maioria dos
casos, qualquer reação.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O procurador Janot já se arrependeu da decisão e sinalizou que a suspensão das negociações do acordo de colaboração de Léo Pinheiro poderá ser revogada. Se o juiz Moro solicitar, Janot vai atender, prazerosamente. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O procurador Janot já se arrependeu da decisão e sinalizou que a suspensão das negociações do acordo de colaboração de Léo Pinheiro poderá ser revogada. Se o juiz Moro solicitar, Janot vai atender, prazerosamente. (C.N.)
Mônica Bergamo – Folha –
Tribuna da Internet