Ganhos
políticos na igreja
A
polêmica doação da empreiteira OAS à Igreja São Pedro, comandada pelo padre
Moacir Anastácio, foi um dos elementos de prova que levaram o juiz Sérgio Moro
a condenar o ex-senador Gim Argello a 19 anos de cadeia. O magistrado citou o
pagamento de propina na forma de uma doação aparentemente lícita realizada à
paróquia. “Ela oculta, na prática, uma transação criminosa e torna
desnecessário qualquer desdobramento posterior, já que o agente político
obtinha ganhos com sua promoção indevida nas festividades realizadas pela
Paróquia São Pedro”, justificou Sérgio Moro.
Alívio familiar
A
condenação de Gim Argello foi uma das maiores proferidas até agora pelo juiz
Sérgio Moro. Apesar do duro golpe, pessoas próximas ao ex-senador acreditam
que, pelo menos, Gim deve estar muito aliviado com a absolvição do filho, Jorge
Afonso Argello Júnior. Ele temia que sua atuação levasse o jovem à cadeia. Moro
avaliou que a falta de provas contra Júnior era “contundente”. “Consta que ele
teria acompanhado o pai nas reuniões com os empreiteiros, mas se mantido à
distância. Não há qualquer elemento material ou depoimento que permita
conclusão segura de que ele teria ciência do esquema criminoso”, argumentou o
magistrado.
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Por: Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” – Foto: Daniel Ferreira/CB/D.A.Press – Correio Braziliense
Por: Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” – Foto: Daniel Ferreira/CB/D.A.Press – Correio Braziliense