Sob o pretexto de marcar posição contrária à
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita as despesas primárias
da União, os assim chamados estudantes, encabrestrados e abduzidos pelo o que
ainda restou da esquerda populista e irresponsável que devastou o Brasil nos
últimos anos, resolveram, por minoria irrisória e em assembleias armadas para
esse propósito, paralisar totalmente o funcionamento da Universidade de
Brasília, uma das maiores instituições públicas de ensino superior do país. A
mobilização, que começou no início da semana, foi decidida por uma Comissão
Eleitoral (cujo poderes se limitam à realização do processo eleitoral) por um
quórum de 1.434 universitários presentes, na contramão do que determina algumas
cláusulas contidas no próprio Estatuto do DCE, que estabelece um quórum mínimo
de 1.458 estudantes.
Com isso, 48.605 estudantes, muitos em fase de conclusão de curso, ficam
impedidos de assistir às aulas ou mesmo transitar livremente por algumas
áreas da universidade que foram ocupadas e vigiadas por esses grupos. De acordo
com o movimento intitulado Reação Universitária e que vem se posicionando
contra a paralisação dos trabalhos na UnB, o próprio DCE, diante das repercussões
negativas das ocupações, lavou as mãos, sob o argumento de que o movimento
estudantil tem vida própria e independência legítima para agir. “O que vemos
acontecer na Universidade de Brasília dizem os representantes do movimento
contrário às paralisações é a imposição de uma agenda política de uma minoria
raivosa que não pensa duas vezes em fazer o que for preciso — rasgar o Estatuto
do DCE, constranger alunos e professores, adotar táticas de ação típicas de
grupos nazifascistas — para que sua vontade prevaleça sobre toda a comunidade
acadêmica. Para eles, os fins justificam os meios. Para eles, só o que importa
é que se façam suas vontades, uma vez que vivem na perigosa ilusão de serem
arautos da justiça social, paladinos progressistas, o que lhes confere
superioridade moral que os coloca além do bem e do mal”.
Por trás dessas minorias que agem para parar a universidade, está a
União Nacional dos Estudantes (UNE), outrora autêntica e independente, mas que
nos últimos 13 anos, graças à fartura de dinheiro público que irriga seus
cofres, se transmutou em mais uma das muitas franjas do Partido dos
Trabalhadores, assim como a CUT e o MST, caladas e obedientes.
Fossem consultados os contribuintes que arcam com as despesas para
manter em funcionamento esta e outras universidades públicas pelo país afora,
com certeza as interrupções na vida acadêmica não seriam toleradas. Fosse
pedido ainda a cada um desses nobres ocupantes que listassem numa folha branca
os motivos que os levaram a decretar a paralisação da universidade, muitos,
simplesmente, não preencheriam uma linha sequer, pois não saberiam escrever
sobre o assunto, já que não se deram ao trabalho de pensar com inteligência e
autonomia a respeito.
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A frase que não foi pronunciada:
“ Nossa ideologia é rir para não chorar.”
(Grupo Mamonas Assassinas traduzindo a complacência
do povo brasileiro.)
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Agenda
Atenção ex-alunos do Rosário. Grande encontro
agendado para 10 de dezembro, entre as 16h e as 20h, lá mesmo. Camila Gomes
organiza o encontrão no Centro Educacional Nossa Senhora do Rosário, fundado em
1959. “Todos juntos sempre!” é o lema levado para o WhatsApp e Facebook.
Por: Circe Cunha – Coluna “Visto, lido e ouvido” –
Ari Cunha – Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Blog - Google